O National Embryo Donation Center (NEDC), entidade norte-americana sem fins lucrativos, divulgou nesta quinta-feira, 21, o nascimento de Emma Gibson, que podemos chamar de “bebê mais antigo do mundo”.
A menina foi gerada a partir de um embrião congelado há quase 25 anos, em 1992, e descongelado em março de 2017 para crescer na barriga de sua mãe, Tina Gibson.
Segundo o anúncio da instituição responsável pelo feito, trata-se de um novo recorde: os cientistas acreditam que nenhum embrião viável resistiu por tanto tempo no gelo. Para se ter uma ideia, na época em que ele foi concebido em laboratório, sua futura mãe tinha apenas 1 ano e meio de vida.
Apesar das décadas passadas em temperaturas negativas, Emma nasceu saudável no último mês de novembro nos Estados Unidos, com mais de 3 quilos e 50 centímetros.
“Acho que ela parece bem perfeita para alguém que ficou congelada tanto tempo”, declarou o pai da menina, Benjamin, no comunicado à imprensa. Portador de fibrose cística, doença que prejudica a circulação de fluídos pelo corpo, ele descobriu que era infértil e, assim, o casal recorreu ao NEDC.
A instituição encoraja famílias que não desejam mais ter filhos, mas têm embriões congelados, a doarem os remanescentes a casais que não conseguem engravidar.
Entenda melhor
Na técnica de fertilização in-vitro, são produzidos diversos embriões com os óvulos e os espermatozoides dos pais ou de doadores. O embrião nada mais é do que o óvulo fecundado em seus primeiros estágios de desenvolvimento. Um projeto de vida, digamos.
Eles são, então, conservados com técnicas de criopreservação, que exigem temperaturas muito baixas, para depois serem implementados no útero da mulher. É lá que crescerão e se tornarão, enfim, bebês.
Só que nem todos esses embriões são utilizados, caso deste que quase 25 anos depois viraria Emma. O NEDC estima que hajam entre 700 mil e um milhão de embriões armazenados atualmente apenas nos Estados Unidos. Nem todos tão antigos quanto esse!