“Você é a babá?”: Mãe e filha rebatem comentários racistas em vídeo viral
Ao ser uma mãe negra com uma filha branca, Jeena Wilder já ouviu perguntas maldosas como "você é a babá?" ou "seu marido te traiu?".
Mesmo que a internet seja poderosa para discutirmos assuntos importantes, não existe um filtro. E o resultado disso é pessoas se achando no direito de opinarem na vida alheia ou até mesmo fazerem perguntas invasivas. Esta é a situação que vive Jeena Wilder, uma mulher negra que se tornou a mãe adotiva de Clarity, uma garotinha branca de seis anos.
Jeena que já era mãe de três crianças, queria aumentar ainda mais a família e sabia que era por meio da adoção. Ela enxergava a beleza do processo e entendia a importância dele em sua família, já que a mãe, a avó e a tia de seu marido também eram adotadas.
Só que em vez de entrarem no sistema, o casal optou pela adoção de parentesco com Clarity, ao descobrirem que seus pais biológicos foram presos e permaneceriam em cárcere pelo resto da vida, como relatou Jeena uma entrevista ao PopSugar. Neste caso, também chamado de adoção unilateral, a criança adotada não perde o vínculo com a sua família de origem, que também exerce as decisões junto com o adotante.
Desde que a guarda foi concedida à família, a diferença entre os tons de pele de Jeena e Clarity fez com que elas ouvissem perguntas maldosas das pessoas, especialmente se ela era babá da pequena ou se a garotinha era resultado de uma traição de seu marido.
Para acabar com os comentário preconceituoso, Jeena usou uma ideia divertida que tem repercutido na internet: um desafio do TikTok de “Sim e Não” para responder as questões negativas que sempre assolam sua maternidade, de uma vez por todas.
Como o vídeo está inglês, traduzimos as perguntas que aparecem na tela, seguidas das respostas: “Você é a babá? Não”; “Você é mãe dela? Sim”; “O seu marido te traiu? Não!”; “Ela te chama de mãe? Sim”; “Ela é biologicamente sua? Não!”; “Você a ama incondicionalmente? Sim!”.
O vídeo já foi reproduzido mais de 3 milhões de vezes e conta com mais de 105 mil curtidas. Nos comentários, mães relatam situações semelhantes envolvendo outras raças, como asiáticos, e também comentários invasivos quando os bebês são resultados de relações homoafetivas – como duas mães lésbicas.