Unicef publica recomendações de como proteger crianças em lares abusivos
Ainda que a quarentena esteja estressante para todos, é importante que os sentimentos negativos não sejam descontados nas crianças.
Com o isolamento social em decorrência da pandemia do coronavírus (Covid-19), crianças e adolescentes podem acabar sendo vítimas de agressões psicológicas, físicas e até mesmo sexuais. Pensando nisso, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) produziu um documento com recomendações importantes de como protegê-los.
As diretrizes foram pensadas tanto para os pais e cuidadores dos pequenos, quanto para aqueles que ouvirem ou presenciarem algum tipo de violência em residências alheias. Veja:
- É preciso que a casa seja um lugar seguro para as crianças. A Unicef reforça a importância dos pais reservarem tempo de qualidade para brincar e estreitar os laços com os filhos.
- É importante que haja diálogos honestos com as crianças, inclusive para que elas entendam o que está acontecendo no mundo. Entretanto, sempre respeitando o entendimento de acordo com a idade delas.
- É normal, e até mesmo esperado, que a quarentena traga sentimentos como ansiedade, nervosismo e estresse. Mas é preciso estar atento para não descontar essas emoções nas crianças. Elas também podem estar confusas emocionalmente com a quarentena.
- Caso os sentimentos negativos comecem a ficar insustentáveis, é importante procurar por ajuda. Além de contatar pessoas próximas, há também o Centro de Valorização da Vida (CVV), que presta apoio emocional voluntário e gratuito ao público. Ele pode ser acessado tanto pelo site quanto pelo número 188, e a identificação não é obrigatória.
- Cuidar de si é também verificar as notícias para ficar o mais distante possível das famosas fake news. A recomendação da Unicef é que as pessoas priorizem canais oficias da saúde, como o da própria instituição, além do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
- Caso você presencie ou suspeite que de alguma criança seja vítima de algum tipo de violência, denuncie. Para isso, ligue 100. Se a vítima for uma menina, disque 180. As ligações são gratuitas e, mais uma vez, não é necessário identificação. Para saber outros canais de denúncia, clique aqui.
- Ao denunciar um caso, saiba que o Conselho Tutelar do bairro em que a vítima reside pode ser o canal mais rápido para resolver a situação. Entretanto, se ele não solucionar o problema, o próximo passo é procurar a Assistência Social do município, para que ela consiga contatar outros canais importantes para dar continuidade a denúncia e haja a proteção efetiva da criança.