Pare por um instante e tente fazer as contas: desde que o seu filho nasceu, quantos palpites você já ouviu? Essa é uma realidade que especialmente as mães e os pais de primeira viagem conhecem bem. O problema é que, por mais que sejam feitos com boas intenções, nem sempre esses comentários trazem informações relevantes para os cuidadores. Com o intuito de esclarecer as dúvidas sobre a rotina e a saúde das crianças, a Sociedade Brasileira de Pediatria lançou na semana passada a campanha ‘Mais Que Um Palpite’.
Com foco digital e realizada em parceria com a Pfizer, o objetivo da ação é trazer informação de qualidade sobre a infância. Por esse motivo, questões como alimentação, sono, imunização, doenças e amamentação serão abordadas. “Não há fonte mais segura do que o próprio pediatra, com base nas evidências científicas que ele conhece e na prática clínica do dia a dia. Em tempos de fake news, levar informações confiáveis adiante é o nosso propósito”, afirma a pediatra Luciana Rodrigues Silva, presidente da SBP.
A campanha está disponível nas redes sociais da instituição com postagens e vídeos que apresentam mensagens importantes. Os conteúdos também trazem a presença de influenciadores digitais, artistas – como a atriz e apresentadora Thais Fersoza, mãe dos pequenos Melinda e Teodoro – e do boneco Palpitinho, mascote do projeto, responsável por anunciar os principais comentários que os pais ouvem sobre o desenvolvimento dos filhos.
Mitos e verdades
Em um evento realizado em São Paulo para a imprensa no dia 24 de abril, a Sociedade Brasileira de Pediatria apresentou uma pesquisa do IBOPE feita em parceria com a Pfizer. Depois de conversar com mais de 1.000 pais e mães, o trabalho trouxe conclusões sobre as enfermidades infectocontagiosas que acometem os pequenos nos primeiros dois anos de vida, abordando os principais mitos e verdades.
Os entrevistados disseram que a chuva, o vento e o sereno são considerados os fatores que mais deixam as crianças doentes. 94% deles afirmaram que as vacinas são importantes, mas o problema é que 1 a cada 5 pais defendeu que elas podem causar as doenças que estão prevenindo – o que não é verdade.
“Hoje, com a força das redes sociais, qualquer boato se espalha rapidamente. E, no campo da imunização, esse fenômeno se destaca ainda mais. É uma área que acaba sendo bastante impactada nesses tempos de fake news“, ressaltou Renato Kfouri, Presidente do Departamento de Imunizações da SBP.