Por que o número de gêmeos está aumentando? Entenda os fatores por trás do crescimento

Descubra os fatores responsáveis pelo aumento da natalidade de gêmeos

Por Redação Pais e Filhos
17 jun 2025, 17h00
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 (Freepik/Reprodução)
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Nos últimos anos, mesmo com a queda geral nas taxas de natalidade em várias regiões, um fenômeno tem se destacado: o crescimento dos nascimentos múltiplos, especialmente de gêmeos. Esse aumento está relacionado a fatores sociais, biológicos e médicos, que influenciam diretamente a gestação de mais de um bebê.

Por que os nascimentos de gêmeos estão aumentando?

Um dos principais motivos é o adiamento da maternidade. Mulheres que engravidam em idades mais avançadas tendem a apresentar um processo chamado hiperovulação, no qual mais de um óvulo é liberado no ciclo menstrual. Essa condição eleva a chance de concepção de gêmeos ou até trigêmeos.

Além disso, o avanço e a maior utilização dos tratamentos de fertilidade, como a fertilização in vitro (FIV), contribuem para o aumento das gestações múltiplas. Nesses procedimentos, é comum implantar mais de um embrião para aumentar as chances de sucesso, o que pode resultar em mais de um bebê por gravidez. Apesar dos avanços que têm reduzido o número de embriões transferidos, o efeito dos tratamentos ainda influencia as estatísticas.

Como os tratamentos de fertilidade impactam as taxas de nascimentos múltiplos?

Na década de 1990, era comum que os tratamentos de fertilidade envolvessem a transferência de múltiplos embriões, fazendo com que as taxas de gestações múltiplas chegassem a cerca de 28%, muito acima da média natural, que gira em torno de 2%. Com o reconhecimento dos riscos associados, como parto prematuro e complicações neonatais, campanhas e protocolos passaram a incentivar a transferência de um embrião por vez, reduzindo gradualmente esses números. Mesmo assim, as gestações múltiplas em tratamentos de fertilidade continuam sendo mais frequentes do que na concepção natural.

Desafios enfrentados pelas famílias com gêmeos

Ter gêmeos ou trigêmeos traz momentos especiais, mas também desafios que envolvem saúde, logística e finanças. A gravidez múltipla apresenta maior risco de complicações, como parto prematuro e problemas neonatais, exigindo acompanhamento médico intensivo durante a gestação e cuidados especializados após o nascimento.

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No dia a dia, os pais precisam se organizar para cuidar de dois ou mais bebês simultaneamente, o que demanda mais tempo, energia e recursos. A privação de sono e o estresse emocional são comuns, principalmente em casos de nascimentos prematuros, que são frequentes em gestações múltiplas.

O futuro dos nascimentos múltiplos

Embora as taxas globais de fertilidade estejam diminuindo, a quantidade de nascimentos múltiplos deve continuar crescendo. A maternidade tardia e a expansão dos tratamentos de fertilidade indicam que a proporção de gestações múltiplas seguirá em alta, inclusive em países com menor renda, onde o acesso a tratamentos pode aumentar ao longo do tempo.

Esse cenário reforça a necessidade de adaptações nos sistemas de saúde e nas políticas públicas, para oferecer suporte adequado às famílias com múltiplos. O fortalecimento do acompanhamento pré-natal, o acesso a cuidados especializados e a oferta de suporte adicional na fase pós-natal são fundamentais para garantir o bem-estar das crianças e dos pais.

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