O que pais devem fazer quando perdem seus filhos em lugares públicos

Não faça uma busca silenciosa. Tenha em mente que quanto mais comoção de quem está ao redor, maiores são as chances da criança ser encontrada.

Por Alice Arnoldi
6 fev 2021, 10h00
Criança-perdida-entre-adultos
 (Bohdan Skrypnyk/Getty Images)
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As altas temperaturas do verão tendem a ser sinônimo de diversão para as crianças que amam passear nas praias, parques e outros locais para correr a vontade. Já para os pais, o período precisa ser de atenção. Ainda que seja prazeroso ver os pequenos aproveitando intensamente a infância, eles podem acabar escapando do campo de visão dos responsáveis e o que era para ser um momento de lazer, vira um tormento.

O desespero é inevitável ao se deparar com uma situação desta. Entretanto, especialistas reforçam que é possível revertê-la quanto mais rápida for a reação dos pais e/ou responsáveis ao perceberem o sumiço da criança. Quem enumera quais devem ser as primeiras atitudes em momentos de desaparecimento são o Major Palumbo, do Corpo de Bombeiros da PMESP, e a enfermeira socorrista do SAMU, Ebony Campos.

Ao perceber o sumiço:

  • Não faça uma busca silenciosa: ao constatar que a criança está perdida, não seja polida ou tenha vergonha da situação. Comece a falar o mais alto possível que o seu filho está perdido, pois as chances são maiores das pessoas ao redor se mobilizarem para ajudá-la! Na praia, muitos pais costumam pedir que os outros ao redor batam palmas, num sinal de alerta já que isso chama a atenção de que algo está acontecendo e também pode despertar a criança perdida – que muitas vezes não se dá conta de que se distanciou dos responsáveis.
  • Substitua o nome da criança por características: especialmente para as menores, apenas gritar o seu nome não resolverá a situação. É importante que os pais digam em tom alto características físicas específicas do filho que ajudarão terceiros a identificá-lo. Quanto mais detalhes, maiores são as chances de encontrá-lo rápido!
  • Peça para avisarem o sumiço em alto-falantes: já em contato com o administração do local, não hesite em aceitar o pedido de anunciar o desaparecimento da criança pelos alto-falantes de supermercados, shopping e até mesmo parques. Mais do que dizer o nome, é preciso que a mensagem passada tenha detalhes que ajudam o público a procurá-la.
  • Mostre uma foto para ajudar: caso seja difícil especificar os detalhes da criança pelo nervoso do momento, recorra a uma imagem recente dela em seu celular. Para isso, uma orientação de prevenção dos profissionais é fazer uma foto do pequeno sempre antes de sair de casa, assim ela estará o mais atualizada possível.
  • Reúna um grupo de busca: ao perceber a movimentação de quem está no entorno, reúna-se rapidamente com eles e peça para que cada um vá para uma direção diferente procurando pelo pequeno. Caso o sumiço tenha acontecido em um local fechado, como supermercado ou shopping, é fundamental que um dos responsáveis esteja na porta do estabelecimento.
  • Procure imediatamente a guarda oficial do lugar: enquanto civis auxiliam na busca pela criança, é fundamental que a guarda do local ou até mesmo a polícia governamental seja acionada diante do sumiço. Ainda que possa existir o receio ou a vergonha de chamá-la caso a criança seja encontrada antes deles chegarem, o desaparecimento infantil é uma situação grave e deve ser tratada como tal.

Já ao encontrá-la…

Major Palumbo enfatiza que, com as medidas colocadas em prática o mais rápido possível, a tendência é que a criança seja encontrada. Neste momento, o primeiro passo é confortá-la emocionalmente pelo o que aconteceu e analisá-la de perto.

Ainda que seja um cenário delicado de ser discutido, a socorrista Ebony pontua que é importante que os os pais confiram se o filho não apresenta nenhum sinal de agressão física ou até mesmo de abuso sexual. Caso alguma marca ou comportamento após o acidente levem os responsáveis a terem dúvidas, é necessário recorrer a uma análise médica imediata para que, assim, a saúde e a segurança da criança sejam garantidas.

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