O caçula da família: Carol Celico comenta sobre a relação do terceiro filho com os mais velhos

Mãe dos adolescentes Luca e Isabella, empresária dá detalhes do dia a dia após a chegada de Rafael

Por Da Redação
22 Maio 2025, 15h00
Carol celico e filhos
Caroline Celico e seus filhos Rafael, Luca e Isabela (Acervo Pessoal/Reprodução)
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Em 2025, estou celebrando o Mês das Mães com mais um integrante na família. Rafael completou um aninho no último dia 15 e, desde seu nascimento, ele representou uma mudança em todas as rotinas da casa, incluindo a minha, do meu marido e dos meus filhos mais velhos que, assim como eu, foram pegos totalmente de surpresa ao saber que ganhariam um irmão.

Luca tem 17, Isabella tem 14, e uma das minhas inseguranças quando descobri sobre a gestação foi justamente como eles iriam receber a notícia e lidar com a novidade. Pensava sobre ciúmes entre eles, sobre ter que me dividir ainda mais, não conseguir dar conta de dar atenção para as necessidades de cada um, e todas aquelas angústias que acredito que todas as mães de segunda, terceira ou quarta viagem também sentem.

No fim, da mesma forma que eu e Eduardo, meu marido, tivemos nosso processo de absorver a informação de que a família estava crescendo e que muita coisa seria afetada, deixei com que os dois também lidassem de forma natural, escutando suas próprias emoções e entendendo cada uma delas. Se fosse necessário, ajustaríamos qualquer ruído juntos.

Tenho a sorte de ter uma relação muito honesta e transparente com meus filhos — e meu desejo é que esse modelo se repita com o Rafael. Quando contei sobre a gravidez, estive aberta para o susto, a preocupação, a insegurança, o medo e, óbvio, a alegria que eles tiveram ao saber que ganhariam um irmãozinho e poderiam participar de todos os detalhes. Talvez, essa tenha sido a chave de um processo mais leve: deixar que eles também participassem comigo, sentindo que o bebê estava chegando ao montar o quarto, comprar roupas e brinquedos, planejar as primeiras comemorações. 

Lembro do Luca preocupado com meu trabalho, da Isabella insegura se ainda teria tempo para ela, e no mesmo dia conseguimos esclarecer tudo a ponto de virarem verdadeiros ajudantes nas necessidades do irmão caçula, isso antes mesmo dele nascer. Eles brincam juntos sempre e criaram uma relação que me emociona desde o dia que o Rafael chegou da maternidade, mesmo com toda a discrepância de idade e momento de vida.

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Mesmo sendo uma pessoa que se cobra muito, percebi que ter tido mais um filho fortaleceu ainda mais a minha dedicação e apreço pelo ato de cuidar do outro, por isso, sempre me esforço para ter um momento com cada um. Meus filhos mais velhos já são muito independentes e me fazem ficar preocupada porque já saem com os amigos, viajam sozinhos e tem a própria vida; é um outro tipo de noite mal dormida, mas que se assemelha muito aos primeiros dias com um bebê em casa. Estou até um pouco nostálgica lembrando como foram as primeiras semanas com o nascimento do Luca e depois com a Isabella.

Me lembro que na época em que fiquei grávida do Luca, o mundo era completamente outro, não existia a facilidade de conteúdos nas redes sociais e muito menos aquela ajuda do pediatra ou da família por whatsapp. Para a gestação da Isabella, o cenário não foi muito diferente. Como eu ainda era bem jovem, com meus 20 e poucos anos, foi um verdadeiro desafio me descobrir como mulher e como mãe ao mesmo tempo. Assumi para mim mesma que era impossível ser perfeita, mas que poderia sempre diminuir os erros, a ponto de hoje, cuidando do Rafael, ter esse primeiro ano com muito mais tranquilidade, já sabendo aquilo que é necessário ter, o que é dispensável, o que faz diferença na rotina e o que só atrapalha, entre outros detalhes – ainda que mínimos – que fazem diferença no fim do dia.

Entre a correria da minha própria rotina e o alívio de já ter mais certezas sobre como cuidar das necessidades de um bebê, minha angústia sobre ser capaz de conseguir dar atenção equivalente para os três diminuiu. Os mais velhos entendem com muita maturidade que a mamãe é uma só e que também precisa ter seu tempo, seja para o trabalho ou para o momento de autocuidado, mas que eu sempre vou estar ali para qualquer emergência — tanto que meu celular só toca quando a ligação vem deles, minhas prioridades.

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Cada um, em sua particularidade, tem suas questões. Meu mais velho é praticamente um adulto feito, que já tem sonhos de carreira e suas próprias responsabilidades. A do meio está naquela fase dinâmica, o auge da adolescência, em que está moldando sua personalidade. E, engatinhando pela casa, está o caçula, que ainda está entendendo o mundo. Aquela conversa sobre versatilidade de mãe nunca foi tão recorrente!

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