A nostalgia dos anos 80 aparece o tempo todo em remakes de filmes, relançamentos de brinquedos e na moda. Mas se tem um lado daquela década que talvez não inspire tanto as mulheres adultas de hoje é aquele ligado à criação dos filhos.
Não que nossos pais fossem irresponsáveis – a mentalidade é que era diferente, assim como os conhecimentos médicos. Tudo evolui.
Listamos cinco mudanças na criação dos filhos entre os anos 80 e hoje. Com quais você se identifica?
1. O suco de laranja na introdução alimentar
Nos anos 80, persistia a tradição de que a introdução alimentar tinha como pontapé inicial o suquinho de laranja. Docinho e fácil de engolir, ele era considerado uma transição natural do leite materno para as bebidas externas.
Depois de muitos estudos, concluiu-se que isso estava errado. Ao dar o suco, perde-se muito das fibras e das vitaminas das frutas e não se estimula adequadamente a mastigação. A recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria é, a partir dos 6 meses, oferecer ao bebê as frutas in natura e água.
2. Irmão mais velho era responsável por cuidar do bebê
Quem é caçula e cresceu nos anos 80 certamente se lembra de ficar em casa sob os cuidados do irmão mais velho, que também era criança. Os pais davam aos pequenos esse tipo de responsabilidade e tudo bem.
Hoje, se os pais não puderem ficar em casa com os filhos por qualquer razão, ou algum parente dá uma força e olha os pequenos ou uma babá é contratada. Em muitos casos, dá-se um jeito de levar as crianças também e pronto. Mas ficarem sem a supervisão de um adulto, uma cuidando da outra, nem pensar!
3. Fraldas de tecido x fraldas descartáveis
As fraldas descartáveis começavam a surgir nos anos 80 e eram um item caro para a classe média. Por isso, a imensa maioria dos bebês usava fraldas de pano.
Embora esteja ocorrendo um movimento de volta das fraldas de pano (desta vez modernas, com absorventes de microfibra colocados em capas de pano e forros biodegradáveis que impedem que o cocô fique grudado no tecido), atualmente a fralda descartável é a opção da maior parte dos pais. Tem até quem faça chá de bebê em que os únicos presentes pedidos são pacotes e mais pacotes de fraldas descartáveis de todos os tamanhos. Praticidade em primeiro lugar, não é mesmo?
4. Chás para curar cólicas
As cólicas dos bebês são tão antigas quanto a própria humanidade. Sim, todas as mães passam pela fase dos choros sofridos que vai até o terceiro mês de vida do bebê.
Se hoje o normal é fazer massagens na barriguinha, aquecê-la, estender as perninhas do bebê… Nos anos 80 tudo se resolvia com chá. Muitas vezes, davam o “poderoso chazinho” já na maternidade. Ninguém mais pensa em fazer isso, porque já se entende que há muitas restrições nesta fase da vida do bebê. Ainda mais pela recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) de se manter a amamentação exclusiva até o sexto mês de vida.
(Sugestão das leitoras Priscila Moura e Susan de Alencar, pelo Instagram)
Veja também: Chá para grávidas e bebês: pode ou não?
5. De menino e de menina
Meninos têm tudo azul e meninas, tudo rosa. Heróis são para eles e para elas ficam as bonecas. Vestido e saia são coisas de meninas. Meninos não precisam fazer atividades do lar. Que pensamentos antigos, né? Mas nos anos 80 eles eram bem comuns – naturais até! Não tinha como pensar diferente disso.
Atualmente, a divisão binária de “coisas de menino” e “coisas de menina” vem se tornando cada vez mais ultrapassada. Meninas brincam de carrinho e meninos, de boneca. Cada vez mais pais deixam os pequenos usarem o tipo de roupa que quiserem. E tudo bem.
(Sugestão das leitoras Renata e Pattyvss, pelo Instagram)