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Filhos mais tarde? Os principais pontos sobre adiar a maternidade

Entenda as questões que podem afetar a maternidade depois de uma certa idade

Por Redação Pais e Filhos
22 ago 2025, 17h00
8 atitudes que os pais devem evitar na época de alfabetização dos filhos
 (sinology/Getty Images)
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Ter um filho é uma decisão importante, e cada vez mais mulheres estão optando por viver esse momento mais tarde. Dados recentes mostram que o número de gestações após os 35 e até mesmo depois dos 40 anos está crescendo, tanto no Brasil quanto em outros países. Nos Estados Unidos, por exemplo, há mais bebês nascendo de mães acima dos 40 do que de adolescentes. Por aqui, os partos em mulheres de 35 a 39 anos aumentaram 56%, e o salto foi de 36% entre aquelas com 40 a 44 anos.

Por que adiar? E o que isso implica?

Adiar a gravidez é uma escolha cada vez mais comum e legítima. Muitas mulheres priorizam a carreira, os estudos ou a estabilidade emocional e financeira antes de se tornarem mães. A decisão também reflete avanços sociais e maior autonomia feminina. No entanto, por mais que a medicina reprodutiva tenha avançado, o corpo ainda tem seus limites naturais.

A fertilidade da mulher diminui com o tempo, por isso, é importante entender que apesar da tecnologia ajudar, a idade continua sendo um fator decisivo na hora de engravidar.

Menos filhos, mais planejamento

O número de filhos por mulher vem diminuindo. No Brasil, a média caiu de 2,32 em 2000 para 1,57 em 2023. Isso tem a ver com vários fatores: maior presença feminina no mercado de trabalho, busca por educação superior, alto custo para criar uma criança, maior acesso a métodos contraceptivos e até a redução na mortalidade infantil.

Fertilidade em queda e apoio da ciência

Ao mesmo tempo que nascem menos bebês, cresce o número de pessoas que têm dificuldade para engravidar. A Organização Mundial da Saúde estima que 1 em cada 6 pessoas enfrenta algum tipo de problema de fertilidade. Em muitos casos, tratamentos como a fertilização in vitro são a única saída, e nem sempre estão ao alcance de todos, seja pelo custo ou pela falta de acesso.

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É importante lembrar: a medicina não é garantia absoluta. A partir dos 35 anos, a fertilidade feminina começa a cair mais rápido. Aos 41, as chances de engravidar naturalmente caem para cerca de 50%. Aos 45, essa chance pode ser de apenas 10%.

Preservar hoje para escolher depois

Se a maternidade ainda não faz parte dos seus planos imediatos, congelar os óvulos pode ser uma alternativa. A técnica ajuda a preservar a fertilidade e oferece mais liberdade para decidir quando, e se, você quer ser mãe.

Famílias possíveis em diferentes contextos

A reprodução assistida também abriu espaço para outros modelos de família: casais homoafetivos, mulheres que passaram por menopausa precoce ou que não têm útero, por exemplo, podem contar com tratamentos como a fertilização in vitro e a gestação por substituição. Essas inovações não apenas viabilizam sonhos, como também ampliam o conceito de família.

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Carreira e maternidade: o dilema contemporâneo

Para muitas mulheres, a decisão de adiar a gravidez está ligada às dificuldades de conciliar carreira e maternidade. Ambientes de trabalho pouco flexíveis, falta de apoio, desigualdade salarial e ausência de licenças adequadas fazem com que a gestação se torne um desafio, ou mesmo uma escolha adiada. Diante disso, muitas mulheres da geração Z preferem esperar, ou até repensar o desejo de ter filhos, priorizando o bem-estar mental e a vida profissional.

Liberdade para escolher sem culpa

Engravidar com ajuda médica também pode ser um processo emocionalmente e financeiramente desgastante, especialmente quando falta apoio no trabalho. Por isso, é fundamental que empresas e governos ofereçam condições para que as mulheres possam escolher com liberdade quando e como querem ter filhos.

Ter filhos não deve ser uma imposição, nem uma renúncia. A maternidade precisa ser uma possibilidade acessível, segura e, acima de tudo, respeitosa com o tempo e os sonhos de cada mulher.

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