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Crianças desenham o que esperam do mundo no futuro: resultado é desolador

Em atividade escolar, alunos retratam como imaginam os oceanos em 2070, com lixo, plástico e animais tristes.

Por Carla Leonardi
4 jul 2022, 17h19

Depositar as esperanças no futuro e nas crianças é comum para os adultos, que costumam torcer para que as próximas gerações sejam melhores em diversos aspectos, inclusive na relação com o meio ambiente. Porém, é sempre importante lembrar que tudo depende de como nós deixaremos o mundo atual para elas e, infelizmente, as previsões não são nada otimistas – nem para os pequenos.

Notícia The Sun
(The Sun/Reprodução)

Em uma escola do Reino Unido, alunos de 7 a 11 anos foram incentivados a desenhar como eles imaginam os oceanos em 2070 e o resultado foi desolador. Embalagens plásticas e lixos espalhados em meio a animais marinhos retratados de forma triste dão o tom do que as crianças pensam para o futuro, afinal, essa é uma realidade já em curso.

A atividade escolar foi desenvolvida como parte de um estudo feito com 1.091 crianças na faixa etária em questão, que revelou que seis em cada 10 estão preocupadas com os oceanos. A análise apontou ainda que 58% delas gostariam de fazer algo para proteger o planeta e que 62% temem que os peixes morram caso nada seja feito. Em outro tópico, 51% têm medo de que os oceanos inundem as porções de terra e 46% acham que não conseguirão ver certas espécies antes que sejam extintas. Um choque de realidade quando essas estimativas vêm a partir de olhos infantis.

Reprodução notícia The Sun
Crianças de 7 a 11 anos desenharam como elas acham que os nossos oceanos estarão em 2070 (The Sun/Reprodução)

Hábitos para a vida

A pesquisa foi desenvolvida em colaboração com a Whale and Dolphin Conservation (Conservação de Baleias e Golfinhos), em ocasião do lançamento do livro infantil The Whale Watchers, de McFly’s Dougie Poynter. O autor tem como objetivo levar informação aos leitores mirins sobre a importância das baleias no ecossistema e mostrar como todos nós podemos dar pequenos passos para ajudar o meio ambiente – por exemplo, diminuindo o consumo de plásticos descartáveis.

“Eu escrevi esse livro porque queria criar uma história de ficção com fatos que o leitor consiga absorver, aprender e carregar com ele pelo resto da vida (…). Eu espero que essa história inspire o futuro a provocar mudanças no planeta”, disse o escritor em entrevista ao britânico The Sun. Certamente, quanto mais cedo se aprende sobre a preservação ambiental, mais fácil é desenvolver hábitos sustentáveis que serão levados pela vida adulta e passados adiante.

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