Família

Casa Clã: Devo informar no currículo ou no LinkedIn que tenho filhos?

Ao se candidatarem a uma vaga de trabalho, muitas mulheres não dizem que são mães por medo de serem desconsideradas para o cargo

Por Da Redação
Atualizado em 13 mar 2023, 11h43 - Publicado em 11 mar 2023, 18h27

Karuna falando para o público com um microfone na mão

Conciliar maternidade e carreira não é uma tarefa fácil para muitas mães. Na maioria dos casos, isso acontece, entre outros fatores, pela falta de apoio dentro das empresas, mais um exemplo da desigualdade entre homens e mulheres (o que não é uma exclusividade do mercado de trabalho). Para quem está em busca de um emprego, a história em geral não é diferente. Por isso, fica a dúvida: será que que devo informar no currículo ou no perfil do LinkedIn que tenho filhos?

Karuna Lopes, head de Comunicação para a América Latina e Ibéria no LinkedIn, participou de um dos painéis da Casa Clã e conversou sobre o assunto com Bebê. “Você se sentindo à vontade para falar, fale”, afirmou. Apesar disso, ela acha interessante que a informação seja mencionada, afinal, esse não deveria ser um ponto decisivo em um processo seletivo (embora a realidade nem sempre seja assim). “A linha entre o que é pessoal e profissional ficou cada vez mais unida, ainda mais com a pandemia. Você pode falar que tem filhos, inclusive eu faço o mesmo. No seu resumo do LinkedIn é onde você conta o que realmente te interessa, fora do trabalho também. E os filhos sem dúvida fazem parte disso”, comentou.

A profissional lembrou que, recentemente, o LinkedIn anunciou um novo recurso chamado Career Breaks, que permite que os usuários da plataforma divulguem as pausas na carreira. São mais de 13 opções, como luto, transição de carreira, licença maternidade e pais em tempo integral (ter, por exemplo, um ano dedicado ao cuidado das crianças).

“Existe uma percepção muitas vezes ruim sobre essas pausas, mas isso está sendo cada vez mais desmistificado. Uma coisa que a gente tem que lembrar é que, com essas pausas, os profissionais acabam adquirindo habilidades que eles não teriam se permanecessem dentro desse mesmo ambiente. Isso vale para a maternidade, que é uma escola“, pontuou.

A gente espera que as empresas estejam dispostas, casa vez mais, a apoiar funcionárias que são mães – com a devida valorização do trabalho, ambientes adequados para a amamentação, no caso das lactantes, e com abertura para uma jornada de trabalho flexível. Isso para citar alguns exemplos.

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