O papel do homem na criação dos filhos está em revisão. Hoje ele é mais ativo nos cuidados com a criança e espera-se uma divisão total das tarefas domésticas, além do apoio à mãe durante o puerpério e a amamentação. Assim, mais empresas estão aumentando a duração da licença paternidade e há diversos projetos de lei em tramitação no país para estender o benefício legalmente, que hoje é de cinco dias depois do nascimento.
A discussão sobre a paternidade moderna passa também pela própria masculinidade. A nova geração de pais é mais aberta e sensível, e revê constantemente conceitos pré-estabelecidos. Trata-se de um tema amplo e complexo. Sorte que diversos representantes desse grupo já escreveram sobre ele em livros que abordam as descobertas recentes da paternidade.
Veja nossa seleção abaixo e boa leitura!
“Abrace seu filho” (editora Belas-Letras), de Thiago Queiroz
“Todas as vezes que você abraça seu filho, você se cura um pouco. Todas as vezes que você abraça seu filho, você é abraçado de volta.” É essa a mensagem principal do livro sobre criação com apego escrito pelo autor do blog Paizinho, Vírgula. O autor conta que esse é o livro que gostaria de ter lido quando descobriu que seria pai. “Naquela época, eu não encontrei — e ainda não encontro — livros escritos por pais que falassem de uma maneira aprofundada sobre a criação dos seus filhos, sob a perspectiva de um pai.”
“Pai de menina” (editora Academia, de Marcos Mion)
O apresentador tem 3 filhos, entre eles Donatella, de 6 anos. Neste livro, Mion encoraja os pais a mergulharem no universo feminino sem preconceitos e serem mais presentes na vida das filhas. Ele também escreveu “A escova de dentes azul”, uma ficção para as crianças inspirada nas lições que aprendeu com o filho Romeo, portador do Transtorno do Espectro Autista (TEA).
“Como nascem os pais” (Editora Mescla), de Renato Kauffman
Um dos mais antigos da lista, lançado em 2011, quando as discussões sobre paternidade ainda engatinhavam. O autor já havia escrito, em 2010, o sucesso Diário de um Grávido, livro bem-humorado sobre a “atrapalhada e emocionante” experiência da gestação sob o ponto de vista do pai. Em “Como nascem os pais”, Kauffman reúne crônicas engraçadas e reflexivas sobre sua participação no cotidiano dos dois primeiros anos da filha.
“Na minha pele” (editora Objetiva), de Lázaro Ramos
O livro do ator global é um apanhado sobre sua vida, com relatos de infância e juventude, além de breves trechos que discutem temas como família, discriminação racial, gênero, paternidade e masculinidade. Lázaro também escreveu dois livros infantis para os filhos João Vicente, 8 anos, e Maria Antonia, 4, “Caderno de rimas do João” e “Caderno sem rimas da Maria“.
“Bebegrafia” (editora Timos), de Rodrigo Bueno e Victor Farat
Reúne a experiência de dois cartunistas durante o primeiro ano de vida de seus bebês. O livro ilustra com bom humor descobertas e reflexões sobre esse período tão intenso. “Ele conta não somente “como demos conta do recado” mas também sobre o que ‘não demos conta’. Sem julgamentos”, descrevem os autores na sinopse.”
“O papai é pop” (editora Belas-Letras), de Marcos Piangers
O jornalista Marcos Piangers, um dos exemplos mais notáveis dessa nova geração de pais, publicou em 2015 o best-seller “O papai é pop”, dividindo suas experiências na criação das filhas Anita, de 14 anos, e Aurora, 7. “Acho que o que está acontecendo é uma tendência muito bonita do homem descobrindo a paternidade. Ele naturalmente está ocupando um espaço que antes era só da mulher”, palpitou ele em entrevista ao Bebê.com.br.
“Do seu pai” (editora Zouk), de Pedro Fonseca
O autor, publicitário pai de quatro filhos, publicou entre 2013 e 2016 em um blog cartas para os filhos lerem quando crescerem. Este livro reúne os relatos, focados no nascimento do pai a partir da construção de sua própria imagem nos relatos intimistas.
“Não era você que eu esperava” (editora Nemo), de Fabien Toulmé
Quando o cartunista francês Fabien Toulmé e sua mulher descobriram que a filha tinha síndrome de Down, a vida da família mudou completamente. A experiência, descrita pelo autor como “uma tempestade inesperada, um furacão”, é relatada com carinho e emoção neste livro autobiográfico, que registra as etapas da aceitação ao amor pelas diferenças.