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“A comparação é um dos maiores erros da maternidade”, diz Paola Guaraná

Em depoimento ao BEBÊ, a jornalista e apresentadora do podcast A Mãe Tá Off fala sobre as expectativas não cumpridas no dia a dia com filhos

Por Carla Leonardi
7 jan 2024, 16h15
Paola Guaraná é uma mulher branca, de cabelos castanhos, lisos e compridos. Está em uma livraria, com livros ao fundo. Segura um livro e uma escultura de cachorro. Veste roupa rosa.
 (Rita Geronazzo/Divulgação)
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Mãe de três crianças – Mateus, Lucas e Júlia -, Paola Guaraná (@paolaguarana) se define como “formada em jornalismo e pós-graduada em maternidade. Desde o susto da primeira gestação, que aconteceu de forma não planejada, até o dia a dia atual com os pequenos, ela se apoia na escrita para lidar com as angústias e as alegrias de ser mãe. Encontrando em outras mulheres o apoio de que precisa, Paola apresenta, atualmente, o podcast A Mãe Tá Off (@amaetaoff.podcast), em que recebe convidadas para trocar experiências em relação aos filhos.

Em 2023, ela lançou o livro Eu era uma mãe perfeita… até me tornar uma, obra que traz breves relatos pessoais sobre a maternidade real e, agora, conta ao BEBÊ um pouco de sua trajetória. Leia a seguir!

“Meu nome é Paola Guaraná. Sou jornalista por formação, mas sempre tive certeza de que minha vocação mesmo seria a maternidade. Até que, há sete anos, me tornei mãe do Mateus, depois do Lucas e, mais recentemente, da Júlia, e me dei conta de que talvez não tivesse tanta vocação quanto imaginava…

No susto. Foi assim que eu soube da minha primeira gestação. Estava em uma viagem fora da cidade com meu namorado quando, despretensiosamente, decidi fazer o teste de farmácia. Ainda posso sentir o desespero daquela noite. Não que aquele bebê não fosse desejado, porque ele realmente era – há muito tempo, quase que desde sempre – mas apesar de já sentir uma vontade enorme de ser mãe, fui pega completamente de surpresa.

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O sonho era claro: namorar, noivar, casar e ter filhos. Necessariamente nessa ordem! Mas o Mateus já chegou mostrando que nossos planos podem – e serão – postos à prova o tempo todo. Seguimos, afinal de contas, eu já estava pronta, eu tinha certeza de como fazer aquilo.

Eu era uma mãe perfeita… daquelas que todo mundo admira de longe! A mãe que brinca o tempo todo, que acompanha no parquinho, na piscina e na caminhada pelo condomínio. A que sempre tem uma garrafa de água no carro, uma palavra de carinho e uma paciência de Jó. A mãe que entende de neurociência, psicologia positiva, fases de desenvolvimento e brincadeiras lúdicas. A mãe que dá colo o tempo todo se for necessário e que passa horas sentada à mesa só para incentivar os filhos a comerem direito.

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Eu estava pronta, mesmo, pra valer! Mas então as crianças foram nascendo, uma a uma, e me mostrando que, na verdade, eu não sabia nada sobre a maternidade… Que aquele amor que eu já sentia antes mesmo de engravidar era fichinha! Que o lúdico nem sempre funciona, que a paciência de Jó é para pessoas mais evoluídas e que o cansaço pode fazer você esquecer a garrafinha de água. Aprendi que dar colo é uma delícia, mas não sempre, não o tempo todo. Às vezes a gente não quer amassar a roupa, não quer estragar o cabelo, não quer carregar peso. Aprendi que as refeições são um show à parte e que nem sempre a gente tem tempo – e saco – de insistir para que comam tudo!

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Foi na escrita que descobri o poder da comunidade. Foram nos textos compartilhados que recebi apoio e percebi o quanto mães são carentes de relatos reais.

Eu aprendi, principalmente, que a perfeição não existe e que a comparação é um dos maiores erros da maternidade. As crianças me mostraram que expectativas não combinam com filhos, que birra em público da vergonha sim e que amamentar dói, mas, também, que um abraço cura tudo.”

Ficou com vontade de ler o livro da Paola Guaraná? Olha aqui:

"Eu era uma mãe perfeita... até me tornar uma", Paola Guaraná

Capa do livro "eu era uma mãe perfeita até me tornar uma". Ilustração de um quarto: cama, mesa de cabeceira com flores, abajur e diário.

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