Escolas continuam abertas mesmo com volta de São Paulo para fase vermelha
O Estado pede apenas para que pais e escolas priorizem os alunos que apresentaram mais dificuldades com o ensino remoto.
No dia 8 de fevereiro, pais e filhos planejavam-se para o retorno das aulas presenciais paulistanas após quase um ano de fechamento das escolas. Só que desde então, o estado vem enfrentando o enrijecimento das medidas para a contenção da covid-19 em decorrência do aumento de casos da doença. Inicialmente, as mudanças foram sutis. Mas nesta quarta-feira (3), durante uma coletiva de imprensa, o governador João Dória confirmou o retorno de todo o estado para a fase vermelha do Plano São Paulo durante os próximos 15 dias.
Em 2020, esta decisão significou a paralisação das atividades escolares presenciais, permanecendo abertos apenas os serviços essenciais. Já neste ano, o Secretário da Educação de São Paulo, Rossieli Soares, enfatizou que as escolas continuarão abertas e funcionando com o sistema híbrido de aulas.
Entretanto, o pedido feito pelos representantes governamentais é que pais e instituições escolares dêem prioridade para os alunos que precisam mais – enquanto que aqueles que se adaptaram ao ensino remoto continuem nele, por enquanto.
Os estudantes mais fragilizados
De acordo com a classificação informada ao público durante a coletiva, o Estado estabelece que os alunos que mais precisam de acompanhamento presencial são aqueles que necessitam das escolas para se alimentarem, os que possuem dificuldade de acesso à tecnologia, grupos que sofreram prejuízo na aprendizagem pelas aulas serem on-line, os que têm pais trabalhando em serviços essenciais e, por último, aqueles que estão com a saúde mental em risco.
Ainda de acordo com o Secretário, crianças que estão no processo de alfabetização, ou ainda tenham entre quatro e cinco anos, são prioridades tanto em escolas de redes pública quanto privada. “Porque são alunos que não têm autonomia para conseguirem fazer a educação à distância”, explica o representante.
Para os que continuarem a frequentar presencialmente as instituições de ensino, dois serviços básicos serão mantidos: tanto o de transporte quanto o de cuidadores e intérpretes para os grupos que precisarem.
Com tais medidas, o governo estadual estima que o número de alunos que frequentavam presencialmente as escolas desde fevereiro caia de 2,5 milhões para 500 mil, o que significa 80% de redução de circulação física na rede estadual. Além dos estudantes, haverá também a diminuição de funcionários trabalhando, caindo de 165 mil prestadores de serviço para 50 mil.