Você conhece o berço feito de caixa de papelão para recém-nascidos?
A iniciativa social, que é popular na Finlândia desde 1938, começa a chegar no Brasil por meio de projetos assistenciais que trabalham com doações.
Desde 1938, a Finlândia é conhecida por ter uma política pública que garante a entrega de berços feitos com caixas de papelão para bebês nascidos em condições precárias, o que resultou na redução da taxa de mortalidade do país. Recentemente, a ideia também tem chegado ao Brasil por meio de iniciativas sociais, como é o caso da campanha “Bela Baby Box – Proteja a infância no início da vida”.
Idealizado por Bela Gil, Morada da Floresta, ChildFund Brasil e apoio da WestRock, o projeto consiste em entregar para as famílias uma caixa de papelão estruturada que se transforma em berço, com colchão, capa impermeável e lençol. Dentro dela, há também itens para o enxoval do bebê, como fraldas de pano, lenços reutilizáveis e roupas de algodão, manta multifuncional, sling e mosquiteiro.
Já os de higiene são xampu infantil, sabão de coco natural, pomadas para os seios e também máscaras reutilizáveis. Ainda que o último item não seja indicado para os bebês, ele é essencial para que mães possam levá-los a consultas médicas e até mesmo durante a amamentação caso a figura materna esteja com suspeita de coronavírus ou seja um caso confirmado.
Além da doação dos itens essenciais para os primeiros seis meses de vida do bebê, o projeto também busca trazer informações para as gestantes com palestras sobre a preparação para o parto, amamentação e também cuidados com o recém-nascido.
Esta é a primeira ação do financiamento da parceria e tem a estimativa de ajudar 70 mulheres de três municípios do Piauí, estado do nordeste que apresenta a quarta taxa de mortalidade mais alta do país, junto com altos índices de pobreza.
Em 2019, a parceria entre Bela Gil e as duas instituições já havia acontecido e 20 enxovais foram doados. Com o apoio da ChildFund Brasil, 15 unidades foram destinadas às famílias de Santa Luz, no Piauí. E outras cinco foram para gestantes do Centro de Parto Humanizado Casa Ângela, em São Paulo.
Para que o projeto possa continuar chegando a outras grávidas, há o pedido de contribuição de quem pode em um plataforma de financiamento coletivo chamada Evoé. Com doações a partir de R$30, o público começa a ter pequenos retornos, desde calendários até livros assinados pela Bela Gil e consultorias com especialistas sobre maternidade sustentável.