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Fertilidade em alta

Por Coluna
Dr. Maurício Chehin é doutor, médico colaborador do setor integrado de reprodução humana da Unifesp-EPM e especialista do Grupo Huntington, de São Paulo
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Entenda como a tireoide pode afetar sua fertilidade

Especialista esclarece como o desequilíbrio hormonal pode prejudicar quem está tentando engravidar e até quem já recebeu seu positivo!

Por Da Redação
Atualizado em 26 out 2023, 09h05 - Publicado em 24 jan 2018, 16h14

Em forma de borboleta, ela é uma das maiores glândulas do corpo humano. Está localizada logo abaixo da região onde, nos homens, fica o pomo de adão e é corresponsável por regular a função de órgãos importantes do corpo, como coração, cérebro, fígado e rins. A tireoide é o maestro da orquestra do nosso organismo e, por isso, ela também interfere na fertilidade e nos planos de quem deseja ter um filho.

Isso acontece porque os hormônios secretados pela estrutura agem indiretamente nos ovários e são necessários para estimular o desenvolvimento dos óvulos e dos embriões. No caso do hipertireoidismo, a atividade do órgão está acima do normal e isso pode acelerar o metabolismo, desregular a menstruação, impedir a ovulação e aumentar as chances de abortamento.

Caso o problema seja um funcionamento abaixo do esperado, os baixos níveis hormonais prejudicam a maturação dos óvulos e interferem no ciclo menstrual. A célula reprodutora feminina pode ser liberada pelos ovários em uma fase do ciclo imprópria para a implantação do embrião na parede do útero.

Essas disfunções na tireoide são passíveis de acontecer em qualquer fase da vida, em homens ou mulheres de diferentes faixas etárias. No homem, a instabilidade hormonal pode comprometer a produção de espermatozoides ou até causar problemas de ereção.

Aos que desejam ter filhos, o diagnóstico é importante para tratar essa oscilação hormonal antes de iniciar as tentativas de engravidar, porque ele pode ser justamente a causa por trás da dificuldade de concepção. Além disso, essas alterações endócrinas podem comprometer a gravidez.

O hipotireoidismo aumenta o risco de abortamento, mortalidade intrauterina, descolamento de placenta, estresse fetal e parto prematuro. Nas mulheres grávidas hipertireoidianas, o desequilíbrio metabólico também compromete a saúde do feto e pode ocasionar seu óbito. Além disso, o ideal é equilibrar ao máximo a medicação e serem acompanhadas por um endocrinologista.

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Embora na tireoide os distúrbios sejam um percalço no caminho da concepção, a boa notícia é que são simples de serem diagnosticados: exame de sangue e ultrassonografia conseguem detectar qualquer funcionamento anormal. E, com tratamento e acompanhamento adequados, a fecundação e o desenvolvimento da gravidez podem acontecer de forma saudável.

Dr. Maurício Chehin

É doutor, médico colaborador do setor integrado de reprodução humana da Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM) e especialista do Grupo Huntington, de São Paulo

 

 

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