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Seios bonitos na gravidez e no pós-parto

Saiba como tratar dessa parte do corpo com todo o cuidado que ela merece.

Por Luciana Fuoco (colaboradora)
Atualizado em 27 abr 2017, 15h48 - Publicado em 15 Maio 2015, 17h29
altrendo images/Thinkstock/Getty Images
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Mesmo antes de o teste dar positivo, é possível que você tenha percebido alguma alteração no seu corpo. Provavelmente, nos seios. Isso não é regra, mas muitas mulheres começam a desconfiar da gravidez por sentirem as mamas inchadas e doloridas. A partir daí, se você quiser mantê-las  firmes, fortes, bonitas e livres de estrias, só tem um jeito: iniciar alguns cuidados de beleza o quanto antes.

Os produtos indicados para essa fase são hidratantes específicos para a área dos seios, que foram desenvolvidos especialmente para a gestante e, portanto, são livres de ácidos capazes de interferir tanto na gestação quanto na amamentação. A função dessas fórmulas é  hidratar a pele. “Elas são eficazes, especialmente os dermocosméticos, cujos princípios ativos têm ação comprovada cientificamente. No entanto, é importante que a gestante seja orientada por um dermatologista, que saberá indicar os produtos certos, as restrições de substâncias e o modo de usar”, recomenda o dermatologista Ricardo Limongi Fernandes, do Instituto de Cirurgia Plástica Santa Cruz, em São Paulo.

Hidratar a pele é fundamental para evitar estrias, mas é importante saber que cremes não fazem milagres. Afinal, nessa hora entra em jogo a genética de cada mulher e a oscilação de peso durante a gravidez. “Sempre recomendo o tratamento preventivo. Se a mulher não usar o hidratante e apresentar estrias, irá se arrepender. Caso as estrias apareçam apesar do cuidado, seguramente serão em menor quantidade”, afirma o cirurgião plástico Pablo Rassi Florêncio, de São Paulo.

Não dê moleza para ação da gravidade
Durante a gestação, as mamas ficam mais sensíveis, doloridas, volumosas e, eventualmente, secretantes. O sutiã deve se adequar a essa nova situação, proporcionando sustentação e priorizando o conforto. Para quem tem seios fartos, o chamado sutiã de sustentação é recomendado. Com alças e laterais mais largas, suporta melhor o peso e o distribui nos ombros. “O sutiã não deve ser muito apertado e nem conter arame, porque machuca o seio. Por outro lado, aqueles que deixam as mamas muito soltas facilitam a flacidez posterioriormente”, pondera o ginecologista e obstetra José Carlos Sadalla, do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.

Para as lactantes, o uso de sutiã próprio para amamentação é fundamental. A principal vantagem é que a mamãe não precisa retirar a peça completamente para dar de mamar. O uso de absorventes para mamas pode ser necessário, especialmente no pós-parto, quando a secreção de colostro costuma ser mais frequente.

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A obstetra Helena Junqueira, do Hospital e Maternidade Santa Joana, em São Paulo dá um aviso importante para evitar um erro comum: as mulheres têm o hábito de comprar o sutiã de amamentação antes de o bebê nascer, porém, de 3 a 5 dias após o parto, a mama dobra de volume. Para acertar no tamanho, ela orienta que se compre um número acima.

Após o período de lactação, você pode voltar a usar os sutiãs de antigamente, mas se ainda estiver com as mamas aumentadas ou amamentando esporadicamente, aposte nos tops ou sutiãs que tenham uma estrutura um pouco maior, que possam sustentar adequadamente o seio e evitar a flacidez.

Cuidados na amamentação
Durante a gestação, abuse do hidratante nos seios para prevenir as estrias, mas nem pense em lambuzar o mamilo. Essa área é a única que não deve ficar macia e, sim, áspera. Pode soar estranho, mas isso previne machucados durante a fase de amamentação. Procure esfregar o mamilo com uma bucha vegetal, durante o banho. Sempre com delicadeza.

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Para evitar rachaduras no período de aleitamento, passe pomada de lanolina no mamilo, entre uma mamada e outra. Mas se preferir algo mais natural, a polpa do mamão também faz a vez de cicatrizante, garante a Helena. Além disso, tomar sol nos seios ajuda na cicatrização da pele desta região. “A estratégia é válida para diminuir a sensibilidade local, tornando a amamentação menos dolorosa”, enfatiza a obstetra.

Uma boa pega do bebê também é essencial não só para o sucesso da amamentação como para a preservação dos seios. A boca do pequeno deve englobar toda a papila. Caso contrário, as fissuras e machucados serão certos. A retirada do bebê após a mamada exige cautela. “Sugiro que a mãe introduza o dedo mindinho, suavemente, na boca do bebê para retirar o vácuo e, assim, evitar o trauma do final da mamada. Vale lembrar que ela não deve se esquecer de lavar as mãos antes”, ensina Sadalla.

Os protetores específicos são úteis para manter a roupa da mamãe seca. Deve-se dar preferência aos descartáveis, mas se você se adaptou melhor aos permanentes, lembre-se de mantê-los limpos. No caso das conchas, não se deve utilizar o leite que fica armazenado nelas. “Esse leite é contaminado por bactérias e deve ser desprezado”, alerta Sadalla. A higienização das mamas deve ser realizada com água e produtos neutros de limpeza. Nem cogite apelar para o álcool. Evite, também, banhos quentes e demorados.

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Ajuda extra
Quer prevenir a flacidez e as estrias gravídicas? Então, trate de controlar o peso e fazer atividades físicas regulares e adequadas a cada fase gestacional. “Mesmo quem está sedentária deve mexer o corpo. Nesse caso, a adesão à atividade deve ocorrer após o primeiro trimestre de gestação. Gosto muito de indicar natação ou hidroginástica, mas outras modalidades são muito bem-vindas”, afirma Helena.

Massagens ou tratamentos estéticos não costumam ser prescritos durante a gestação e lactação, mas, após este período, eles podem ser bons aliados das mamas. “Alguns fisioterapeutas executam manobras (massagens) que ajudam a tonificar tanto o colágeno da pele quanto as fibras estruturais da glândula mamária, porém, não existem muitos trabalhos científicos que discutam o assunto. Não tenho o hábito de prescrever drenagem nem tratamentos para flacidez e estrias nessa fase, mas, após a amamentação, essas técnicas podem promover uma melhoria estética”, afirma o cirurgião plástico Pablo Rassi.

Quando a cirurgia plástica é indicada?
Tudo depende do incômodo em relação às mamas após a amamentação. Quanto ao tipo de cirurgia, a mulher deve discutir e definir com o cirurgião plástico, respeitando eventuais restrições para o caso dela.

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Nem sempre a única opção é o silicone. Segundo o cirurgião plástico Pablo Rassi, se o tamanho de seu seio lhe agrada e único problema é  a flacidez, então, é possível utilizar seu tecido mamário para fazer a montagem da mama em uma posição mais elevada. “Pode-se fazer alguns retalhos de tecido, que funcionariam como uma prótese”, explica.

Agora, se você é da turma das “despeitadas” e quer o peitão da gestação de volta, então o jeito é apelar para a prótese de silicone. “Para esses casos, o tratamento é simples, basta adicionar volume. Mas, se os seios estiverem flácidos a ponto de a aréola estar mais baixa, fora da posição normal, pode ser necessário retirar um pouco de tecido ou até mesmo de pele, para reposicioná-la, conferindo um aspecto mais natural”, diz Rassi. O resultado da cirurgia, em termos de durabilidade, depende de alguns fatores: do tipo de pele, da estrutura da mulher e da variação de peso ao longo da vida.

Se você decidiu que solução está no centro cirúrgico, então, espere pelo menos 12 meses para realizar a intervenção. Depois desse período, seu bebê já mamou o suficiente, você já teve oportunidade de perder os quilos extras adquiridos na gravidez e o pequeno já não demanda cuidados 24 horas por dia.

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Fontes:

Dra. Helena Junqueira, obstetra do Hospital e Maternidade Santa Joana; Dr. José Carlos Sadalla, ginecologista e obstetra do Hospital Sírio Libanês; Dr. Pablo Rassi Florêncio, cirurgião plástico; Dr. Ricardo Limongi Fernandes, dermatologista pela UNIFESP e responsável pela dermatologia do Instituto de Cirurgia Plástica Santa Cruz, em São Paulo.

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