Amamentação descomplicada: respondemos as 6 perguntas mais frequentes das mães
Veja algumas dicas valiosas para quem está no começo da amamentação

O Dia Mundial do Aleitamento Materno, celebrado em 1º de agosto, é uma data dedicada a conscientizar sobre a importância do leite materno para o desenvolvimento saudável dos recém-nascidos e para o fortalecimento do vínculo afetivo entre mãe e filho. Mais do que apenas uma forma de nutrir, a amamentação é reconhecida internacionalmente como uma prática que promove saúde, previne doenças e fortalece a relação emocional entre os dois.
A amamentação é uma das experiências mais marcantes na vida de uma mãe e de seu bebê, mas também pode gerar muitas dúvidas e inseguranças. Desde o momento em que o bebê nasce, surgem questionamentos sobre como oferecer o melhor alimento, sobre a frequência das mamadas, sobre os cuidados com os seios e até sobre a influência de fatores externos, como doenças ou cirurgias.
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Amamentar é muito mais que nutrir: como o vínculo afetivo se forma?
Amamentar não se resume apenas a fornecer alimento. Cada mamada é um momento de contato, afeto e proteção. O toque da mãe, a sucção do bebê e o olhar atento criam um vínculo que influencia positivamente o desenvolvimento físico e emocional da criança ao longo da vida. É importante lembrar que não existe um jeito único de amamentar; o processo é de adaptação, tanto para a mãe quanto para o bebê. Muitas mulheres têm dúvidas sobre a quantidade de leite ou sobre a técnica correta, mas essas questões fazem parte da rotina de aprendizado que acompanha o aleitamento.
2. Livre demanda: como respeitar o ritmo do bebê na amamentação?
O bebê dita seus próprios horários, especialmente nas primeiras semanas. Inicialmente, as mamadas podem acontecer a cada hora ou até a cada quatro horas. Com o tempo, ele estabelece um padrão mais previsível, geralmente a cada três horas, o que permite à mãe se organizar melhor. O segredo é observar sinais de fome, como movimentação das mãos, agitação ou choro, e oferecer o peito sempre que necessário. Caso o bebê continue com horários irregulares após os três meses, consultar o pediatra é recomendado. No entanto, se ele estiver crescendo de forma saudável, não há necessidade de acordá-lo à noite.
3. Quais são os benefícios do aleitamento materno para a imunidade e o desenvolvimento do bebê?
O leite materno é rico em nutrientes e anticorpos, especialmente o colostro, o “primeiro leite”, essencial para proteger o bebê de doenças e auxiliar no ganho de peso inicial. Além disso, a sucção fortalece os músculos da boca e contribui para o desenvolvimento da fala e da coordenação entre engolir e respirar. Amamentar é um verdadeiro treino físico para o pequeno, além de promover conexão emocional e segurança.
4. Amamentar ajuda mesmo a mãe a emagrecer?
Amamentar exige energia, o que auxilia na perda de peso após o parto. O corpo da mãe gasta calorias e mantém um metabolismo mais ativo, mas o efeito pode variar, principalmente em gestações posteriores. A técnica correta é fundamental: o bebê deve abocanhar não só o mamilo, mas a maior parte da aréola, com os lábios virados para fora. Sem dor e com sensação de esvaziamento do peito, o aleitamento será eficiente. A produção de urina e fezes frequentes no bebê também indica que a amamentação está fluindo bem.
5. Como os hormônios influenciam a amamentação e o desmame do bebê?
Durante a mamada, a mãe libera ocitocina, o “hormônio do amor”, fortalecendo a ligação emocional com o bebê. O desmame deve ocorrer de forma gradual e consciente, respeitando o desejo da mãe. Um processo tranquilo depende da segurança da mulher, evitando transferir ansiedade para o bebê. Continuar a amamentar após o retorno ao trabalho é totalmente possível e contribui para o bem-estar emocional da criança.
6.Quais são os principais mitos e cuidados sobre amamentação, como doenças, silicone e preparação dos seios?
Amamentar durante uma gripe é seguro, desde que a mãe adote precauções como máscara e higiene frequente das mãos. Preparar os seios com cremes ou sabonetes especiais não é necessário; o corpo se adapta naturalmente. Mulheres com próteses de silicone podem amamentar na maioria dos casos, especialmente quando o implante é colocado atrás do músculo. Apenas cirurgias que interferem nos ductos mamários podem tornar a amamentação mais desafiadora, mas geralmente não afetam a produção de leite.