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Pais adotam alimentação mais saudável após a chegada dos filhos

Mães contam como adotaram hábitos alimentares melhores depois do nascimento de seus pequenos.

Por Fernanda Maranha
Atualizado em 25 jan 2018, 10h00 - Publicado em 25 jan 2018, 10h00

Não é segredo que a nascimento de um bebê muda completamente a vida de uma família. A rotina dos novos papais se transforma e um dos hábitos que também pode passar por grandes alterações é a alimentação. Isso é algo que pode não ocorrer logo após o chegada da criança, mas sim com a introdução alimentar, que deve acontecer a partir do sexto mês do pequeno.

De acordo com Hugo Ribeiro, pediatra especializado em nutrologia, quando o leite materno deixa de ser a única fonte de nutrientes do bebê, quanto mais diversa for a dieta, melhor para a criança! “A gente orienta que, exceto em situações de intolerâncias e alergias comprovadas, os pais possuem uma grande liberdade em oferecer os alimentos”, afirma.

Para algumas famílias, o menu da casa começa a sofrer modificações mesmo antes do pequeno vir ao mundo: a gravidez é a responsável por isso! É o caso da mamãe Samira Teixeira, de 27 anos. Ela conta que a mudança nos hábitos começou quando ela engravidou de Pedro, hoje com 1 ano e 6 meses. “Antes de ter filho, eu comia bem, mas muitos industrializados e não dava oportunidade para coisas novas”, relembra. Por isso, ao longo dos nove meses, ela decidiu cortar refrigerantes e reduzir o máximo possível de comidas processadas.

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O problema é que essa tentativa de levar uma vida mais saudável não durou muito tempo: “Depois que Pedro nasceu, com a correria do dia a dia, passei a comer só quando dava tempo e escolhia coisas mais práticas”, explica. Mas quando chegou o momento da introdução dos sólidos, Samira viu uma segunda oportunidade para se alimentar melhor, pois queria que o filho tivesse uma dieta variada – o que acabou levando a mãe a experimentar novos sabores. “Legumes e verduras que eu nunca tinha comido, por exemplo, hoje eu como por causa dele”, afirma.

Parece difícil estender as refeições sem tantas gorduras, açúcar… para a família toda? O especialista acredita que a palavra-chave para a alimentação infantil – e a dos adultos – é a moderação! Ele recomenda que aquilo que for considerado “besteira” e tiver baixo valor nutricional seja consumido em porções bem pequenas – e apenas ocasionalmente. Assim, ninguém irá reclamar com os verdinhos frequentes na mesa se, às vezes, puder provar uma sobremesa diferente.

Só tem uma restrição que não se encaixa a esse conceito: o sódio. Ribeiro defende que não é preciso colocar sal nos pratos preparados para os baixinhos. Samira levou essa orientação à risca – incluindo para os mais crescidinhos. “Hoje, a gente come tudo sem ou com pouco sal”, relata.

E sempre vale destacar a importância do exemplo“É difícil impor um hábito alimentar quando você não pratica”, alerta o pediatra. E a mamãe Thalita Taw partiu desse princípio para fazer substituições em seu cardápio depois que a filha Luisa veio ao mundo, há dois anos. “Eu sempre acreditei muito mais em mostrar do que falar. De que adiantaria eu dizer para ela comer um brócolis se eu não estivesse comendo? Ou não beber um refrigerante se eu mesma estivesse tomando?”, questiona. Por isso, ela adotou uma medida que melhorou a saúde da casa toda: “Cortei tudo o que Luisa não poderia comer”, revela.

Essa preocupação com o bom desenvolvimento do filho realmente tem o poder de alterar a relação que muitos pais têm com a comida e Samira e Thalita são um exemplo disso – ao menos enquanto as crianças ainda são pequenas! Mas e depois que elas crescerem? Ribeiro explica que, se a mudança de costumes acontecer naturalmente, de forma gradual e com moderação, é muito mais fácil manter uma dieta saudável tanto na rotina dos filhos quanto na da família. Basta começar!

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