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Introdução alimentar sem mistério: tudo sobre o que, quando e como oferecer os primeiros alimentos

Um guia completo com todas as orientações para iniciar a introdução alimentar de forma simples e sem complicações

Por Redação Pais e Filhos
11 ago 2025, 17h00
bebê sentado em uma cadeira de alimentação sendo alimentado por um adulto
 (Vera Livchak/Getty Images)
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A chegada de um bebê à família vem acompanhada de muitas dúvidas – e a alimentação, sem dúvida, está entre as principais preocupações. Segundo especialistas em pediatria, até os seis meses de vida, o ideal é que o bebê receba todos os nutrientes de que precisa exclusivamente por meio da amamentação.

Após este período inicial, é hora de começar a introdução alimentar! Nessa fase, os alimentos devem ter uma textura pastosa ou bem cremosa, nada de líquidos, por enquanto. Essa consistência mais firme ajuda o bebê a desenvolver o paladar e também contribui para o início da fala. Aos poucos, já é possível oferecer uma variedade de ingredientes, como pedaços bem cozidos de carne, frango, legumes e até folhinhas verdes.

Mas atenção: nada de sal! Para dar sabor às papinhas, dá para usar alternativas como azeite, alho ou óleo de girassol, sempre com moderação. Alimentos muito fortes, como pimentas, e qualquer item processado ou industrializado devem ficar fora do cardápio nessa fase. O foco é manter tudo o mais natural e simples possível, respeitando o tempo e as necessidades do bebê.

Avançando nas texturas: a partir dos oito meses

Com cerca de oito meses, os alimentos já podem ter uma consistência um pouco mais firme. A ideia é oferecer pequenos pedacinhos que estimulem a mastigação, o engolir e o desenvolvimento da fala, além de preparar o bebê para o nascimento dos primeiros dentinhos.

Nessa fase, peixes também podem ser incluídos, desde que sem espinhos e muito bem cozidos. A higiene é essencial: lave tudo com cuidado, evitando qualquer risco de contaminação.

Um aninho: mais variedade no prato

Aos 12 meses, os pedaços podem ficar maiores, e o bebê já pode experimentar alimentos em cubinhos, como batata, cenoura e tomate. Aqui, uma pequena quantidade de sal pode ser incluída, mas com muita moderação, bem menos do que o que um adulto consome. O uso de temperos naturais continua sendo o ideal, e é importante incentivar a diversidade de cores e sabores no prato.

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A alimentação deixa de ser só pastosa: é o momento de explorar novas texturas, com alimentos mais secos, crocantes e até sólidos, desde que o bebê esteja pronto.

Nutrientes essenciais: o que não pode faltar

Para garantir um bom desenvolvimento, o cardápio do bebê precisa conter cinco elementos básicos: proteínas, fibras, carboidratos, vitaminas e minerais.

  • Proteínas ajudam na formação dos músculos e tecidos. Podem ser encontradas em carnes, ovos, leguminosas e laticínios (caso não haja intolerância).
  • Fibras ajudam no funcionamento do intestino e são ótimas para bebês que têm dificuldades para evacuar. Estão presentes em frutas, legumes e grãos integrais.
  • Carboidratos fornecem energia, essencial para essa fase ativa. Dê preferência aos integrais, como arroz, aveia e pães mais rústicos.
  • Vitaminas e minerais vêm, em grande parte, das frutas, legumes e verduras. Além de fortalecerem o sistema imunológico, também ajudam no desenvolvimento mental e emocional.

O poder do ferro e do zinco

Entre os minerais mais importantes nessa fase estão o ferro e o zinco.

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  • O ferro é essencial para prevenir a anemia e fortalecer a imunidade. Está presente em alimentos como fígado, espinafre, beterraba, couve, cereais e folhas verde-escuras. Um estudo em Santos (SP) mostrou que mais de 40% das crianças da rede pública apresentaram algum grau de anemia, um número alarmante.
  • O zinco ajuda na formação de neurônios e no crescimento saudável. Sua falta pode causar atrasos no desenvolvimento. Ele pode ser encontrado em ostras, ovos, carnes e cereais integrais. Uma pesquisa na Paraíba revelou que 16,2% das crianças tinham níveis abaixo do ideal.

A importância do iodo

O iodo é outro mineral importante, principalmente após o primeiro ano de vida, quando o bebê já pode consumir uma pitadinha de sal. Esse nutriente ajuda na produção de hormônios da tireoide e na formação de estruturas cerebrais. Mas atenção: o excesso pode fazer mal. Em 2013, a Anvisa reduziu a quantidade máxima de iodo no sal de cozinha no Brasil para evitar problemas autoimunes. Peixes de água salgada, ovos e laticínios também são fontes naturais desse nutriente.

Cultivando bons hábitos alimentares

Muitos pais acham que os filhos “não gostam” de determinados alimentos, mas a verdade é que o gosto está em formação. A criança precisa experimentar várias vezes antes de desenvolver preferência, e é papel dos pais apresentar novos sabores com paciência e criatividade. Não limite as opções a apenas cenoura, tomate e alface, a variedade é a chave!

Muito além da comida: a importância de estar junto à mesa

A hora da refeição deve ser um momento agradável, sem estresse. Comer em família é fundamental: a criança aprende observando os adultos. Além disso, o contato com os alimentos, tocar, cheirar, ver e até se sujar, é essencial para o aprendizado sensorial.

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Uma pesquisa da Universidade de Iowa (EUA) mostrou que bebês que puderam explorar os alimentos com as mãos lembravam melhor os nomes dos alimentos apresentados. Então, sim, pode sujar! Isso também faz parte do desenvolvimento.

Alimentos que devem ser evitados

Evite ao máximo oferecer açúcar refinado antes dos dois anos. Prefira os açúcares naturais das frutas. Frutas maduras e saborosas podem ser excelentes sobremesas!

Frituras e alimentos gordurosos também devem ser evitados. O estômago dos pequenos ainda está amadurecendo, e essas substâncias podem sobrecarregar o sistema digestivo. Temperos fortes, como pimenta, também devem ficar de fora nesse início.

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