Dicas para montar uma lancheira saudável para o seu filho
Reunimos sugestões para ajudar os pais nesse momento e um cardápio elaborado por uma nutricionista.
Se você tem um filho pequeno, sabe que faz parte da rotina da semana planejar e organizar os alimentos que ele consumirá na escola. Nem sempre montar uma lancheira saudável e que agrade à criançada é uma tarefa fácil, mas com algumas dicas esse processo pode se tornar mais simples.
Para dar uma força aos pais nesse momento, reunimos com a ajuda das nutricionistas Ariane Bomgosto, do Rio de Janeiro, e Gislaine Donelli, do Empório da Papinha, sugestões para colocar em prática na hora de preparar as comidinhas que serão levadas para o colégio. Confira abaixo:
1. Envolva o seu filho no processo: isso quer dizer levá-lo ao supermercado ou à feira para fazer as compras e chamá-lo para montar os lanches – sempre explicando os benefícios de cada alimento. Essas atitudes fazem com que, desde cedo, ele aprenda a ter autonomia e no futuro possa fazer as melhores escolhas alimentares.
2. Escolha alimentos práticos: e isso não é só para facilitar o trabalho de montar a lancheira, mas também para oferecer opções simples para os pequenos consumirem no ambiente escolar. “As frutas podem ser enviadas já cortadas e sem casca – como no caso da manga e do kiwi”, exemplifica Gislaine.
3. Abuse da criatividade: um sanduíche de bichinho, frutas cortadas em formatos divertidos… Hoje em dia, muitos pais compartilham nas redes sociais fotos dos pratos que elaboram para os seus filhos. Inspire-se nessas receitas e crie opções que são atrativas visualmente.
4. Não tenha medo de inserir novos alimentos: fuja do óbvio e aproveite os lanches escolares para apresentar coisas diferentes. A nutricionista Ariane ressalta que essa é a melhor maneira de expandir o olhar e até o paladar da criança, que estará aberta para experimentar sabores diversos.
5. Pense no cardápio semanal: planeje com antecedência as comidinhas que farão parte da lancheira do pequeno durante os cinco dias da semana. Acredite: manter uma programação é a melhor maneira de oferecer alimentos nutritivos.
6. Esqueça os industrializados: deixe de lado os sucos de caixinha, as bolachas e os salgadinhos, pois nada disso agrega valor nutricional. “Não tenha em casa comidas que você já sabe que não quer oferecer para o seu filho, pois na hora da correria você acaba pegando o mais prático e menos saudável”, adverte a nutricionista do Empório da Papinha.
7. Seja o exemplo: sim, as crianças se espelham nos pais o tempo todo. Então que tal chamar o baixinho para ajudá-lo a preparar o lanche que você levará para o trabalho? Dessa maneira, ele enxergará que os hábitos saudáveis fazem parte da rotina da família toda e que não é só ele que deve se alimentar bem na escola.
8. Prefira os alimentos naturais: tais como sucos naturais e até mesmo frutas in natura. “As castanhas, frutas secas com iogurte natural e granola são uma boa alternativa para a sobremesa. Essas pequenas substituições vão ajudar o seu filho a crescer mais saudável”, orienta a Gislaine.
9. Nunca deixe de conversar: podemos subestimar os pequenos por acreditar que nem sempre elas entenderão o diálogo, mas essa atitude não é correta. Além da experiência prática de preparar os lanches, vale apresentar livros de receitas e usar exemplos lúdicos para falar, por exemplo, sobre a culinária de cada país.
O que não deve fazer parte da lancheira
As preferências alimentares variam de acordo com alguns fatores, como a rotina em que a família está inserida e os hábitos culturais que ela segue, mas é fundamental estar de olho no que é consumido pelo pequeno – até mesmo porque os hábitos saudáveis são criados ainda na infância.
“Nenhuma comida deve ser rotulada como proibida. O mais eficiente é explicar que existem alimentos para momentos diferentes, ou seja, alguns são para o dia a dia, enquanto outros são mais adequados para os finais de semana ou festinhas”, explica Ariane Bomgosto.
Apesar disso, algumas opções não são recomendadas e devem ficar de fora das lancheiras das crianças. A especialista listou quais são elas:
– Alimentos industrializados e ultraprocessados sem nenhum nutriente em sua composição (como salgadinhos)
– Bebidas industrializadas (como refrigerantes e sucos de caixinha)
– Doces com aditivos químicos e excesso de corantes (como balas, jujubas, pirulitos)
– Embutidos (como presunto, salame ou peito de peru em excesso)
– Produtos light ou diet
– Fast-food (como pizzas e sanduíches vendidos por grandes redes)
Cardápio sugerido
A nutricionista Ariane Bomgosto montou essa sugestão de comidinhas que podem ser levadas para a escola:
Dia 1: omelete de queijo minas com orégano
Dia 2: dadinhos de tapioca de aveia recheados com banana e canela ou queijo minas com geleia de fruta
Dia 3: biscoito de arroz ou pão integral coberto com queijo derretido, geleia de frutas ou manteiga de amendoim
Dia 4: frutas em palitos com quadradinhos de queijo
Dia 5: pudim cremoso de abacate com iogurte e cobertura de farofinha de castanhas
Dia 6: disquinho de mandioca ou batata doce regado com azeite de oliva e temperado com ervas (alecrim, orégano, manjericão, salsinha, cebolinha)
Para beber:
Milshake poderoso: você vai precisar de iogurte, leite vegetal (de amêndoas, castanhas, avelãs), água de coco ou suco de uva integral. Para dar cor, acrescente 1 ou 2 frutas e coloque por cima uma pitada de granola caseira, coco ralado, castanhas, amêndoas ou avelãs.