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Visita ao recém-nascido: a partir de quando pode e com quais cuidados?

Não há regra certa em relação ao tempo de espera, mas primeiro contato com bebê exige atenção redobrada às medidas de higiene

Por Luana Pazutti
27 jun 2024, 17h00

Quando se trata da chegada de um recém-nascido, é normal que amigos e parentes queiram conhecer logo o novo integrante da família. Porém, para compartilhar esse momento mágico, a visita deve ser conduzida com cuidado pelos pais e demanda bastante atenção aos protocolos de higiene para preservar a saúde e o bem-estar do bebê.

Qual é o momento ideal para liberar as visitas?
Embora não haja regra certa sobre o tempo necessário para liberar as visitas, o ideal é que, inicialmente, os pais restrinjam bastante o círculo de pessoas próximas que podem interagir com o recém-nascido.

Nos primeiros três meses, o sistema imune do bebê ainda está sendo formado e boa parte das vacinas fundamentais são aplicadas nesta etapa. Portanto, os pediatras costumam recomendar que, até o terceiro mês, não haja exposição ao contato com pessoas que não sejam do seu convívio rotineiro, como os próprios pais, familiares e cuidadores mais próximos. Visitas na maternidade geralmente são contraindicadas, já que é um momento de adaptação e consolidação da conexão entre a mãe e o bebê.

Porém, mesmo quando o recém-nascido já foi para casa, há algumas restrições importantes: fumantes ou pessoas com sintomas de doenças virais não devem chegar perto nesse primeiro momento, já que o risco de contaminação é alto. Os visitantes também devem evitar tocar demais no bebê.

Cuidados especiais

Após a liberação da visita, algumas precauções são imprescindíveis, como:

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  • Combine a sua ida com antecedência e seja breve: a família está se adaptando à nova rotina;
  • Seja breve: não estenda a visita por mais de 30 minutos;
  • Se estiver doente, não vá: em caso de tosse, secreção nasal, febre, indisposição ou contato com pessoas contaminadas, remarque;
  • Higienize as suas mãos: lave bem com água e sabonete, certifique-se de que elas estão limpas antes de tocar no bebê e leve consigo um álcool em gel;
  • Atenção aos cheiros fortes: os recém-nascidos têm um olfato sensível e alguns odores — provenientes, por exemplo, do cigarro e de perfumes — podem despertar alergias;
  • Previna contaminações: além de evitar abraços e beijos, não encoste nas mãos do bebê, já que, pelo constante contato com a boca, podem ser vetores para a transmissão de doenças;
  • Não peça para pegar no colo ou acordar o bebê: a menos que a mãe ofereça, não atrapalhe o descanso da criança.
  • Respeite a hora da amamentação.

Vale ainda escutar mais e falar menos. A chegada de um bebê é tempo de transformação e sensibilidade. Esteja disponível para ajudar, mas não ultrapasse os limites familiares.

Alguns casos demandam atenção redobrada

Para bebês prematuros, por exemplo, os cuidados são ainda mais rigorosos. A recomendação geralmente é que a família permaneça no mínimo entre 30 a 40 dias sem visitas, nem mesmo de parentes próximos. No entanto, isso pode variar conforme a orientação médica.

Mesmo depois de liberar as visitações, as medidas de higiene continuam sendo extremamente importantes. Não abra mão delas.

‘Não queremos visitas, e agora?’

A adaptação à nova rotina pode ser estressante e cansativa. Portanto, não há problema algum em não querer receber visitas nesse momento: a escolha entre recebê-las ou não cabe aos pais do recém-nascido.

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Uma opção é comunicar parentes e amigos com antecedência, explicando quais serão as limitações e instruindo-os a aguardar o convite. Afinal, a prioridade deve ser o bem-estar do bebê e da família.

Quando chegar a hora, alguns cuidados podem tornar a experiência mais tranquila. Além de restringir o número de convidados, é indicado que as visitas sejam feitas em ambientes com boa ventilação e sem muitos ruídos.

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