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Tudo o que você precisa saber sobre o uso de repelentes em crianças

Confira a forma correta de aplicação, os produtos mais eficazes e outros cuidados que vão garantir a segurança da família contra os mosquitos neste verão.

Por Flávia Antunes
Atualizado em 29 dez 2020, 14h11 - Publicado em 29 dez 2020, 09h40

O verão deste ano terá uma cara diferente para todos nós. Isso porque o melhor ainda é evitar aglomerações em praias e em clubes por conta da pandemia do novo coronavírus e preferir atividades em casa, como aquelas que envolvem água e que permitem a diversão das crianças sem correr riscos. (Se mesmo assim a família optar pela estadia na praia, confira aqui alguns cuidados importantes)

A única coisa que não muda com o tempo – para a nossa infelicidade – é a chegada dos mosquitos. Nesta época, os bichinhos são mais recorrentes especialmente em lugares próximos da natureza, e podem ser transmissores de doenças sérias, como dengue, malária e febre amarela.

Sem falar que, mesmo aqueles que não provocam quadros graves, dão uma coceira danada na pele, né? Por isso, para proteger a criançada e solucionar as dúvidas mais frequentes relacionadas ao uso de repelentes nos pequenos, consultamos um especialista na área. Veja os principais conselhos sobre o tema que merecem atenção:

Repelentes não são liberados para todas as idades!

É isso mesmo! Apesar de todos estarem sujeitos às picadas incômodas dos insetos, os menorzinhos não devem usar o produto. Por isso, o melhor é proteger os bebês de até os seis meses de vida com telas em carrinhos ou berços, além das barreiras mecânicas, fechando janelas e ligando ventiladores.

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Já depois disso, as crianças podem (e devem) utilizar repelentes, sempre com ajuda e supervisão dos pais na hora que forem aplicar.

Protetor primeiro, repelente depois

Tendo que se proteger do sol e dos mosquitos, muitos se perguntam qual é a ordem correta de aplicação. Por isso, o pediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria, Dr. Paulo Telles, logo responde: primeiro passe o protetor, espere absorver e secar e depois proceda com o repelente.

“Se fizer o contrário, pode atrapalhar a ação e eficácia do repelente. Inclusive, segundo a literatura médica, os produtos que se propõem a ter a dupla proteção, não têm a mesma eficácia, porque a criança acaba suando e o produto sai mais rápido”, afirma.

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É preciso tomar alguns cuidados na hora da aplicação

Com o repelente em mãos, é preciso prestar atenção em alguns pontos para evitar a ingestão ou contaminação pelo produto. “Tome cuidado com rosto e mucosas – como boca e olhos, que são áreas mais perigosas – além de feridas abertas”, alerta o médico.

Entre spray ou creme, não existe um mais eficaz que o outro, mas o repelente aerosol demanda um pouquinho mais de cuidado. “Não borrife diretamente no rosto, prefira passar na mão e depois aplicar no corpo da criança. Além disso, assegure-se de que está cobrindo toda a área exposta – e em alguns casos até a roupa – para minimizar o risco de picada”, completa Paulo.

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Saberes populares que não são confiáveis

Você já deve ter ouvido que ingerir alho ou vitamina B1 são formas de espantar os mosquitos. No entanto, o doutor adverte que não existe comprovação científica para tais práticas.

“Pulseira embebida em inseticida e o uso de dispositivos ultrassônicos que emitem ondas sonoras também não são medidas eficazes para repelir os insetos”, acrescenta ele.

Alguns produtos são mais eficazes que outros

A dica aqui é sempre conferir o rótulo dos produtos. Os mais eficientes, de acordo com o especialista, são aquelas à base de DEET e Icaridina, mas é preciso verificar na embalagem o tempo de ação de cada repelente.

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“A Academia Americana de Pediatria recomenda que os repelentes não contenham mais do que 30% de DEET quando usados em crianças. E Icaridina em concentrações de 20%”, indica o pediatra. No geral, os prescritos para idades menores são os que têm concentrações mais baixas e o ideal é que sejam reaplicados a cada 4 horas, em média.

É preciso lavar a pele quando voltar do passeio

Nem todo mundo sabe, mas depois de ficar com o repelente no corpo durante o dia, o ideal é retirá-lo ao retornar do passeio. “Lave a pele de seus filhos com água e sabão para remover o produto quando eles voltarem para dentro de casa e lave suas roupas antes de usá-las novamente”, aconselha o médico da SBP. 

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Também vale lembrar que os pequenos devem higienizar as mãos depois da aplicação, porque há chance de coçar os olhos ou colocar na boca e acabar se contaminando. 

Nada de aplicar repelente antes de dormir!

Na teoria, o pensamento faz sentido, porque aplicar antes de dormir garantiria a proteção das crianças durante a noite. Mas na realidade, a recomendação é outra, já que não é interessante que o produto fique tanto tempo na pele, além do pequeno poder acidentalmente colocar a mão na boca e ingerir a substância.

Pensando nisso, o pediatra lista alguns mecanismos de defesa que podem ajudar na prevenção. “Aposte em inseticida de tomada, que devem ficar longe do berço e da cama ou próximos da porta e janela; use mosquiteiro; aplique os produtos na roupa de cama um tempo antes da criança deitar; ou então proponha a ‘caça aos mosquitos’ com a criançada usando raquetes elétricas ou panos para evitar que fique algum pernilongo no quarto”, propõe. 

Deixar ar-condicionado e ventiladores ligados também funciona como medida indireta, já que a mudança de temperatura do ambiente pode ajudar a afastar os mosquitos. 

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