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Telemedicina em tempos de coronavírus: quando usar com as crianças?

As consultas à distância são úteis em várias situações e ajudam a evitar idas ao pronto socorro. Serviço está disponível no SUS e na rede privada.

Por Chloé Pinheiro
Atualizado em 14 abr 2020, 17h46 - Publicado em 10 abr 2020, 12h48

Para não sobrecarregar os pronto-socorros durante a pandemia de Covid-19, o governo publicou recentemente uma portaria liberando em caráter excepcional a telemedicina, realização de consultas à distância. Os pais podem usar esse recurso em diversos casos para as crianças, diminuindo o risco de contrair o novo coronavírus ao circular por aí. 

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“Na pediatria, ele é útil para dúvidas cotidianas sobre introdução alimentar, vacinação e aleitamento, além de servir como triagem para casos de urgência e emergência”, comenta a pediatra Mônica Rodrigues, gestora de pediatria da Conexa Saúde, plataforma que fornece o serviço de telemedicina para convênios e hospitais como o Sabará, em São Paulo.

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Em um contexto como o atual, as consultas virtuais podem ser usadas em situações agudas, como resfriados, febres, dores e pequenos acidentes domésticos, para decidir se é preciso ou não procurar atendimento físico. O pediatra checa sinais de gravidade e, se não houverem, pode ele mesmo formular um diagnóstico preliminar e prescrever o tratamento. 

Como funciona 

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Para os pediatras, a telemedicina já é uma realidade há algum tempo. Pense em quantas ligações você fez ou mensagens mandou para tirar dúvidas com o médico do seu filho? A diferença é que agora a consulta é mais oficial, digamos assim, com o uso de vídeo, prescrição de receitas, emissão de atestados e mais. 

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Geralmente, o atendimento é feito por um aplicativo do serviço escolhido, um convênio ou uma empresa particular. É preciso fazer um cadastro rápido, aguardar na fila de espera que pode ser triada por médicos ou por inteligência artificial. O médico conversa com os pais e a criança por uma chamada de vídeo.

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Em caso de dúvidas sobre o diagnóstico, a família é orientada a buscar a consulta presencial. 

“Com a imagem, conseguimos fazer um bom exame. Mas, claro, temos limitações e não estamos aqui para substituir totalmente o atendimento presencial, a ideia é que eles se complementem”, explica Mônica. 

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Se o médico já for conhecido, é possível fazer a consulta diretamente por canais como o WhatsApp. Só tenha em mente que, para emitir receitas e solicitar exames é preciso ter um certificado digital, espécie de chave eletrônica fornecida pelo governo. 

Telemedicina na rede privada e no SUS

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Diversos convênios estão oferecendo o serviço, mas ainda não há uma regulamentação sobre o tema, então não é regra. É possível também pagar a consulta avulsa no particular, com direito a retorno.

Os preços estão na faixa dos R$100, mas variam bastante. Para checar sintomas de coronavírus, por exemplo, uma start-up brasileira oferece consultas virtuais por R$30 com médico ou enfermeira

O Sistema Único de Saúde (SUS), também está autorizado a usar a telemedicina. Hoje, ela é oferecida somente para casos suspeitos de coronavírus, por meio do telefone 136 e também online, no projeto TeleSUS. Até esta semana, o canal já atendeu mais de 470 mil pessoas, e 89% delas foram consideradas saudáveis.

A liberação da telemedicina sem a necessidade de um primeiro atendimento físico é temporária, em razão da pandemia do coronavírus. 

(Juliana Pereira/Bebê.com.br)
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