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Risco de sofrer um aborto espontâneo pode triplicar em casos de contaminação da COVID-19, revela estudo

Saiba como se prevenir e evitar a contaminação para evitar complicações na gestação

Por Redação Pais e Filhos
4 ago 2025, 07h00
aborto
 (Andrii Yalanskyi/Getty Images)
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Recentemente, um assunto importante veio à tona e merece nossa atenção, especialmente para quem está planejando a chegada de um novo membro na família ou já está nessa doce espera. Sabe aquela infecção viral que marcou os últimos anos, a COVID-19? Pois bem, uma análise fresquinha, divulgada em junho de 2025, acendeu uma luz de alerta sobre como ela pode se relacionar com a gestação, principalmente nas suas fases iniciais.

Uma equipe de estudiosos lá da UTHealth Houston se debruçou sobre um universo bem grande de gestações, algo em torno de 27 mil casos. Eles acompanharam o que aconteceu com essas futuras mamães ao longo de um período que foi de 2019 até 2023. O objetivo era entender melhor os possíveis impactos da doença causada pelo coronavírus durante a gravidez. E o que eles notaram foi que, ter tido essa infecção um pouco antes de a gestação começar ou logo nos seus primeiros momentos, pode, infelizmente, elevar a probabilidade de uma perda que acontece antes de completar as 20 semanas de espera.

Detalhes da pesquisa e o risco aumentado

O levantamento de dados para essa pesquisa veio diretamente dos registros médicos eletrônicos das pessoas acompanhadas. Além de olhar para as perdas no início da gravidez, eles também coletaram informações sobre situações como gestações que se desenvolvem fora do lugar certo, no caso da gravidez ectópica e partos prematuros. Um ponto que chamou bastante a atenção nos resultados foi que, apesar do número total de perdas notificado nesse grupo de gestações analisado ter sido de 6% (um percentual considerado mais baixo se comparado à estimativa geral, que fica em torno de 15% para todas as gestações), o risco de isso acontecer aumentou significativamente para quem teve contato com o vírus.

As descobertas específicas sobre o aumento de risco foram bem detalhadas. Se a futura mamãe enfrentou a COVID-19 em um formato que os médicos consideram de intensidade moderada ou grave, antes mesmo de a gravidez ser confirmada, a chance de passar por uma perda gestacional aumentou consideravelmente, ficando quase três vezes maior. Para ser mais preciso, a probabilidade foi 2,81 vezes superior. E se a infecção pela COVID-19 aconteceu já no comecinho da gravidez, naquele período super delicado e crucial do primeiro trimestre, o risco ainda foi expressivo, cerca de duas vezes e meia maior, ou seja, 2,45 vezes maior, quando comparadas às gestantes que não pegaram o vírus nessa fase inicial. 

A pesquisa fez essa comparação olhando para grupos de pessoas que tiveram o diagnóstico da infecção contra aqueles que não tiveram, analisando o desfecho das gestações em cada grupo. É importante notar, como mencionam alguns especialistas, que o número de perdas observado neste levantamento, os 6% podem não capturar todos os casos, já que muitas perdas ocorrem bem no início, antes mesmo de a gravidez ser formalmente identificada nos registros.

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Como a COVID pode afetar a gravidez

Mas por que será que a infecção por esse vírus pode ter essa influência durante a gravidez? O corpo da mulher passa por uma série de adaptações incríveis para criar um ambiente perfeito para o desenvolvimento do bebê. Isso inclui mudanças na forma como o sistema de defesa do corpo funciona. Quando o vírus da COVID-19 entra em cena, o corpo reage. Essa reação gera uma resposta que envolve inflamação, que segundo os achados, pode acabar afetando a placenta, que é fundamental para nutrir e fornecer oxigênio ao bebê. Em casos mais sérios da doença, a inflamação pode ser mais intensa, e febres altas podem aparecer. E a gente sabe que temperaturas elevadas não são as melhores companheiras para a gravidez, podendo aumentar a probabilidade de uma perda gestacional. Em situações mais severas da infecção, a função da placenta pode ser comprometida, colocando em risco o bom andamento da gestação.

A importância da vacinação e outros cuidados preventivos

Uma das mensagens mais encorajadoras que esse estudo reforça e que serve como um lembrete positivo é sobre o papel da imunização. Manter as doses das vacinas em dia pode ser uma grande ajuda! Estar com a vacinação atualizada contribui para diminuir as chances de pegar a infecção e, por consequência, reduzir os possíveis efeitos negativos que vimos que podem impactar a gravidez.

Então, se você está esperando um bebê ou pensando em começar essa jornada, é super indicado conversar com o médico que te acompanha sobre as vacinas. Não apenas a da COVID-19, mas também outras que são recomendadas nesse período especial, como a que protege contra a gripe e a da coqueluche. Se vacinar não é só um cuidado com você, é também uma forma de proteger o seu bebê, que recebe defesas importantes nas suas primeiras semanas de vida, dando um reforço na sua própria proteção.

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Fatores de risco adicionais na gestação

Vale lembrar que o risco de uma perda gestacional não surgiu apenas com a COVID-19. Mesmo antes dessa pandemia, alguns elementos já eram conhecidos por aumentar essa chance. Coisas como estar na faixa etária acima dos 35 anos, ter pressão alta ou diabetes, ou até mesmo enfrentar o estresse do dia a dia e dificuldades sociais e econômicas. Algumas pessoas, como as de origem negra ou hispânica, ou com condições de saúde que já existiam antes da gravidez, podem enfrentar maiores fragilidades. 

O que a infecção pelo coronavírus parece fazer, de acordo com o levantamento, é funcionar como um “fator extra” para esses riscos que já existem, tornando o acompanhamento médico e os cuidados ainda mais essenciais. Costumes como fumar, consumir bebidas alcoólicas ou ter doenças crônicas que não estão bem controladas também elevam os riscos. Ah, e algo super importante e que não está no nosso controle direto: cerca de metade das perdas que acontecem nos primeiros três meses de espera são causadas por alterações genéticas no bebê.

Recomendações para cuidar da sua saúde durante a gravidez

Mesmo que a gente não consiga evitar todas as perdas, existem várias ações que podemos adotar para cuidar da saúde e ter uma gravidez o mais tranquila possível. Priorizar o pré-natal desde o começo é fundamental, porque é ali que você recebe toda a orientação necessária. Se tiver qualquer sinal de que pegou a COVID-19 ou souber que esteve perto de alguém infectado, avise seu médico o quanto antes. Mantenha suas vacinas em dia conforme a indicação médica. Cuidar de qualquer doença crônica, se você tiver alguma, é muito importante. E o básico que faz uma diferença enorme: alimentar-se bem, descansar bastante, manter-se bem hidratada e tomar as vitaminas que foram indicadas para você. Evitar o contato com coisas que fazem mal, como fumaça, produtos químicos fortes e álcool, é essencial. E, se por acaso a jornada incluir uma perda gestacional, buscar apoio emocional é um passo muito importante.

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O que fazer em caso de infecção por COVID-19 na gravidez

E se, mesmo tomando todos os cuidados do mundo, o teste para COVID-19 der positivo durante a gravidez? A primeira atitude é entrar em contato com seu médico imediatamente. Um teste positivo não significa automaticamente que algo ruim vai acontecer. O mais importante é manter o acompanhamento médico de perto, tirar todas as suas dúvidas e seguir direitinho as recomendações que ele te passar, que serão pensadas especialmente para o seu caso.

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