Retinoblastoma: conheça o câncer infantil raro que pode passar despercebido

Saiba como identificar e busque tratamento precoce

Por Redação Pais e Filhos
18 jan 2025, 07h00
Bebê, por volta de 1 ano e meio, pele clara, olhos bem azuis, cabelo encaracolada castanho claro ou loiro escuro. A foto está bem fechada no rostinho dele, que olha para a foto e está sério.
 (Lee-James Photography/Getty Images)
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A retinoblastoma é um tipo de câncer ocular que afeta as células da retina e apesar de ser um raro câncer infantil, é uma das principais causas de morte entre crianças e adolescentes, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Especialistas destacam que até 80% dos casos poderiam ser curados se fossem detectados precocemente. 

O que é o retinoblastoma?

O retinoblastoma é um câncer que se desenvolve nas células da retina, parte do olho responsável pela visão. Ele é mais comum em crianças com até 4 anos e pode afetar um ou ambos os olhos. De acordo com a TUCCA (Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer), cerca de 400 novos casos são registrados anualmente no Brasil, e 40% deles possuem origem hereditária.

A falta de conhecimento sobre o diagnóstico precoce ainda é um desafio, especialmente porque o retinoblastoma pode levar à perda de visão ou até ser fatal se não tratado a tempo. Quando detectado cedo, a chance de cura chega a 100%.

Como identificar o retinoblastoma?

O principal sinal de retinoblastoma é a leucocoria, um reflexo branco na pupila que é facilmente observado em fotos com flash. Outros sintomas incluem:

  • Estrabismo (olhos desalinhados);
  • Baixa visão;
  • Sensibilidade à luz (fotofobia);
  • Vermelhidão ou inflamação no olho;
  • Deformação do globo ocular.
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É importante que os bebês realizem a primeira consulta oftalmológica até os 18 meses, período em que o retinoblastoma é mais comum. Essa avaliação pode detectar alterações precoces e aumentar as chances de tratamento.

Tratamentos disponíveis

O tratamento para o retinoblastoma depende do estágio da doença e do alcance para outras áreas do corpo. A prioridade é preservar a visão da criança sempre que possível. Entre os tratamentos, destacam-se:

  • Quimioterapia intra-arterial: técnica que aplica o medicamento diretamente no olho, reduzindo efeitos colaterais e aumentando a chance de salvar o olho afetado.
  • Crioterapia e radioterapia: procedimentos utilizados em estágios iniciais do câncer.
  • Enucleação: remoção cirúrgica do olho, recomendada em casos mais avançados.
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Pacientes com histórico familiar devem informar seus médicos desde a primeira consulta. Além disso, crianças tratadas para retinoblastoma precisam de acompanhamento médico contínuo para prevenir complicações futuras.

A  retinoblastoma de Lua, filha de Tiago Leifert e Daiana Garbin 

Lua, filha de Tiago Leifert e Daiana Garbin, foi diagnosticada com retinoblastoma aos 11 meses de idade, quando perceberam um reflexo branco nos olhos de Lua e movimentos irregulares na visão. Desde então, a família tem enfrentado desafios significativos, mas também mostrado grande coragem e resiliência. 

Atualmente, Lua está com 4 anos e está em tratamento no GRAACC (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer) e seu olho esquerdo está respondendo bem, enquanto o direito ainda requer mais cuidados. Apesar dos desafios, ela frequenta a escola e tenta levar uma vida normal dentro do possível. 

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A importância do diagnóstico precoce

Tiago e Daiana utilizam as plataformas digitais para conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce e ressaltam a necessidade de atenção aos sintomas. Além disso, o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento do retinoblastoma. Quanto mais cedo a doença é identificada, maiores são as chances de cura e preservação da visão.

Consultoria: Hallim Feres Neto, oftalmologista e Sidnei Epelman, oncologista pediátrico e presidente da TUCCA

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