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Representatividade: artista faz ilustrações médicas de corpos negros

Estudante de medicina e ilustrador, nigeriano quer fazer a diferença ao levar um pouco de equidade ao universo científico.

Por Carla Leonardi
25 jul 2022, 13h15

Será que você consegue se lembrar de já ter visto alguma ilustração médica retratando um corpo de pele negra – seja quando ainda estava na escola, seja em reportagens ou materiais informativos que às vezes recebemos sobre cuidados com a saúde? Muito provavelmente não, certo?

ilustração médica corpo negro
(Reprodução @ebereillustrate/Instagram)

Pois é, quem se incomodou com essa ausência e resolveu fazer algo para mudar a história foi Chidiebere Ibe, jovem nigeriano que estuda medicina e é, também, ilustrador. Em seu perfil no Instagram, @ebereillustrate, que tem mais de 140 mil seguidores, ele compartilha alguns de seus trabalhos.

Entre eles, a representação de um bebê ainda dentro da barriga da mãe chamou a atenção em dezembro de 2021 e viralizou na internet. No post, há milhares de comentários, muitos de admiração e agradecimento. “Como eu precisava disso!”, escreveu uma enfermeira que relatou a falta de representatividade em materiais médicos. 

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Representatividade sempre importa

Chidiebere, que planeja se tornar neurocirurgião pediátrico, criou uma vaquinha virtual para manter o projeto e se surpreendeu com a repercussão de seu trabalho. “Não haverá inclusão se não houver representatividade. E é por isso que representatividade importa! Todos merecem ser representados de forma igual”, escreveu o universitário.

Além de ilustrar corpos negros para retratar a anatomia ou demonstrar como se caracterizam certas enfermidades – que aparecem de maneira diferente na pele clara -, ele também se dedica a desenhar médicos, para que outros jovens vejam em suas ilustrações e em seu trabalho como futuro cirurgião a possibilidade de ocuparem aquele lugar um dia, caso queiram.

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Recentemente, Chidiebere ilustrou uma mãe mastectomizada unilateralmente amamentando. O jovem aproveitou a publicação para alertar os seguidores sobre o câncer de mama e a importância do diagnóstico precoce. Na legenda, ele explica que, durante o tratamento, a mulher não pode amamentar, mas depois, mesmo após a mastectomia unilateral, o aleitamento é possível de acordo com as orientações médicas.

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