Saúde

Prisão de ventre em bebês: como identificar e aliviar o desconforto

Entenda os motivos que causam desconforto abdominal nos bebês e como evitá-los

Por Redação Pais e Filhos
18 jun 2025, 12h00

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Nos primeiros meses de vida, os pais aprendem a decifrar os sinais que o bebê emite para expressar desconforto. Entre os desafios mais comuns está a prisão de ventre, ou obstipação intestinal, que pode surgir já nas primeiras semanas e provocar bastante insegurança em quem cuida. Saber como identificar o problema e agir da forma correta é essencial para o bem-estar do bebê.

O que é considerado prisão de ventre em bebês?

Diferente dos adultos, os bebês não seguem um padrão rígido de evacuação. Alguns podem evacuar várias vezes ao dia, enquanto outros passam dois dias sem fazer cocô, sem que isso represente necessariamente um problema. No entanto, é importante observar a consistência das fezes, a presença de esforço excessivo para evacuar, sinais de dor ou irritabilidade e mudanças bruscas no padrão habitual.

Quando o bebê passa mais de três dias sem evacuar, apresenta fezes muito duras ou parece estar com dor abdominal, esses sinais podem indicar prisão de ventre. Outros indícios incluem o ato de chorar antes ou durante a evacuação, barriga endurecida e recusa alimentar.

Por que a prisão de ventre acontece?

Em bebês alimentados exclusivamente com leite materno, a prisão de ventre é menos comum, pois o leite materno tem propriedades que favorecem a digestão. Já em bebês que recebem fórmula infantil, as fezes podem ser mais ressecadas, o que aumenta a chance de episódios de obstipação.

Outro momento em que o intestino pode reagir com dificuldade é durante a introdução alimentar, por volta dos seis meses. A mudança na alimentação exige um tempo de adaptação e, se a dieta não tiver boas fontes de fibras e líquidos, o intestino do bebê pode funcionar mais lentamente.

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O que fazer em casa para aliviar o desconforto

Algumas medidas simples podem ajudar a melhorar o trânsito intestinal do bebê:

Estimular o movimento: movimentos circulares com as pernas, como se fosse andar de bicicleta, ajudam a ativar o intestino.
Massagem abdominal: massagens suaves na barriga, sempre no sentido horário, podem aliviar o desconforto e estimular o funcionamento intestinal.
Banho morno: ajuda a relaxar a musculatura e aliviar o incômodo causado pelo acúmulo de gases e fezes.
Hidratação adequada: a oferta de líquidos, especialmente após os seis meses, é importante para evitar o ressecamento das fezes.

Alimentos que ajudam na digestão

Com a introdução alimentar, é possível incluir itens que favorecem o funcionamento do intestino. Frutas como mamão, ameixa, laranja com bagaço e tangerina são conhecidas por seu efeito laxante natural. Verduras como couve, espinafre e brócolis também contribuem, assim como alimentos como beterraba, abóbora, batata-doce e aveia. Esses itens devem ser oferecidos de forma equilibrada e conforme a orientação do pediatra.

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Por outro lado, é importante evitar oferecer alimentos que constipam, como banana-maçã, arroz branco e farinha refinada, em excesso. E jamais utilizar laxantes, chás ou receitas caseiras sem a indicação do médico.

Quando procurar o pediatra

Se a prisão de ventre persistir por vários dias, causar muito desconforto ou vier acompanhada de outros sintomas como febre, vômito ou perda de apetite, é hora de buscar orientação profissional. O pediatra poderá avaliar se há necessidade de ajustar a alimentação, investigar possíveis causas ou indicar alguma intervenção segura para a faixa etária.

A prisão de ventre em bebês costuma ser temporária e responde bem aos cuidados em casa. O mais importante é manter a observação constante e conversar com o pediatra diante de qualquer dúvida. Assim, os pais conseguem aliviar o desconforto da criança e garantir que essa fase passe sem maiores preocupações.