Por que a primeira evacuação após o parto é tão importante? Entenda
Mudanças hormonais e trauma físico da cesariana estão entre as causas de alteração no funcionamento do intestino
Um dos inconvenientes do pós-parto, que muitas gestantes de primeira viagem só descobrem tarde demais, é a alteração no funcionamento do intestino. Pouco falada antes que aconteça, a dificuldade de defecar nos dias após o desfecho da gestação é recorrente, e pode significar uma dor de cabeça a mais em um período tão delicado.
Embora isso não aconteça em todos os casos, em algumas situações os médicos até recomendam que não se dê alta antes da primeira evacuação — prolongando a estadia no hospital quando tudo o que se quer, muitas vezes, é apenas voltar para casa com o bebê recém-nascido.
Por que a dificuldade de evacuação ocorre?
Vários motivos podem ser elencados para a dificuldade de ver o intestino funcionar como deveria. As alterações hormonais são as principais responsáveis por isso, e ocorrem em todos os tipos de parto, sejam eles naturais ou por cesárea.
Em geral, pessoas que tiveram um parto natural tendem a conseguir ir ao banheiro mais rapidamente. No caso da cesárea, a demora pode ser maior tanto pelo trauma da intervenção cirúrgica quanto pelos medicamentos empregados no período de recuperação, que podem retardar o ritmo intestinal.
Quem passou por cesariana pode levar uma média de quatro dias até conseguir voltar a defecar. Em partos naturais, esse período costuma ser de um a dois dias. Mas tudo pode variar conforme questões individuais de cada gestante.
A importância da primeira evacuação é ainda maior após uma cesárea porque serve como uma espécie de comprovação de que o corpo está voltando a funcionar como deveria na sequência de um procedimento cirúrgico. Mesmo assim, é só o primeiro passo: em geral, o corpo leva em torno de seis semanas até retornar ao estado anterior à gravidez.
Como facilitar a evacuação
Se você está enfrentando problemas para fazer cocô após o parto, o ideal para resolver esse desconforto é manter o corpo hidratado e tentar se mexer tanto quanto for possível — caminhando e se movimentando da maneira que a recuperação pós-parto permitir, o que estimula os movimentos intestinais.
Uma dieta rica em fibras e massagens na barriga também podem ajudar. É importante observar que, além do inconveniente quanto à defecação, é comum sentir um desconforto físico crescente pelo acúmulo de gases.
Caso nada mais resolva, seu médico pode receitar o uso de supositórios ou substâncias laxativas. Mas cuidado: jamais faça automedicação, e só recorra a essas técnicas se elas forem indicadas por um profissional de saúde.