Pré-eclâmpsia: exame inovador avalia risco precoce na gravidez

Descubra como funciona e quais os benefícios do novo exame que avalia risco de pré-eclâmpsia

Por Redação Pais e Filhos
16 abr 2025, 07h00
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 (SDI Productions/Getty Images)
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A pré-eclâmpsia é uma condição que pode afetar entre 2% e 8% das gestações, sendo caracterizada pelo aumento da pressão arterial e pela presença de proteína na urina. Em geral, surge após a 20ª semana de gravidez e, se não for tratada corretamente, pode levar a complicações graves, como a eclâmpsia e a síndrome HELLP.

Recentemente, um teste de sangue desenvolvido pela Labcorp trouxe uma nova possibilidade para identificar precocemente o risco dessa condição. O exame, que pode ser realizado nas primeiras semanas da gestação, permite um acompanhamento mais rigoroso, aumentando as chances de prevenção antes que os sintomas apareçam.

Como funciona o novo teste de pré-eclâmpsia?

O exame pode ser feito entre a 11ª e a 14ª semana de gravidez e é o primeiro teste desse tipo a identificar sinais precoces da condição. Ele analisa quatro biomarcadores específicos, como o fator de crescimento placentário (PlGF) e a proteína plasmática associada à gravidez-A (PAPP-A).

Esses biomarcadores indicam como a placenta está se desenvolvendo. Quando seus níveis estão abaixo do esperado, pode ser um sinal de que há um risco aumentado de pré-eclâmpsia. Além disso, o exame considera a pressão arterial e o fluxo sanguíneo na artéria uterina, oferecendo uma avaliação mais completa.

Quem pode se beneficiar desse exame?

O novo teste ainda não faz parte das diretrizes oficiais de instituições como o Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas (ACOG). Por isso, sua indicação deve ser discutida com um profissional de saúde, levando em conta o histórico da gestante.

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Ele pode ser especialmente útil para mulheres que apresentam fatores de risco para a pré-eclâmpsia, como:

  • Hipertensão crônica
  • Diabetes
  • Doenças renais
  • Obesidade
  • Doenças autoimunes
  • Histórico da condição em gestações anteriores

O exame é uma ferramenta de triagem, ou seja, ele não confirma um diagnóstico, mas aponta um risco aumentado. Com essa informação, o médico pode sugerir um acompanhamento mais próximo e medidas preventivas para reduzir as chances de complicações.

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O impacto do diagnóstico precoce

A identificação precoce do risco de pré-eclâmpsia permite que gestantes com maior probabilidade de desenvolver a condição recebam um acompanhamento mais rigoroso. Isso pode incluir consultas médicas mais frequentes, monitoramento contínuo da pressão arterial e exames adicionais para avaliar a saúde da placenta e do bebê.

Caso o risco seja elevado, algumas estratégias podem ser adotadas para tentar prevenir ou minimizar os efeitos da condição, como:

  • Uso de aspirina em baixa dose a partir da 12ª semana de gestação, sob orientação médica
  • Alimentação equilibrada e rica em nutrientes
  • Prática de atividades físicas seguras durante a gravidez
  • Controle regular da pressão arterial
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Embora nem sempre seja possível evitar a pré-eclâmpsia, um diagnóstico precoce pode ajudar a reduzir complicações e garantir um tratamento adequado.

O que esperar do futuro?

Pesquisas sobre novas formas de prever e prevenir a pré-eclâmpsia continuam avançando. Se comprovada sua eficácia em larga escala, esse exame pode se tornar uma ferramenta essencial nos cuidados pré-natais, permitindo que médicos e gestantes se preparem melhor para uma gravidez mais segura.

Para quem tem fatores de risco ou deseja um acompanhamento mais detalhado, conversar com um profissional de saúde sobre essa nova possibilidade pode ser um passo importante.

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