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Nova York se prepara para fechar escolas novamente por causa da Covid-19

A cidade mais populosa dos Estados Unidos saltou de 1% para o limite crítico de 3% de infectados diariamente.

Por Alice Arnoldi
Atualizado em 17 nov 2020, 10h06 - Publicado em 16 nov 2020, 18h51

O retorno às aulas é um assunto polêmico entre pais, especialmente para a educação infantil, já que os protocolos de higiene contra o coronavírus são mais difíceis de serem mantidos entre os menores de seis anos e eles podem ser vetor para a doença, ainda que apresentem sintomas mais brandos ou sejam assintomáticos. Não por acaso, regiões que optaram por reabrir as instituições estão precisando repensar a decisão, como é o caso de Nova York.

Na sexta-feira (13), Bill de Blasio, o prefeito da cidade mais populosa dos Estados Unidos, alertou às pessoas que elas se preparassem para o fechamento das escolas na segunda-feira (16). Isso porque após um longo período de contaminação diária controlada, Nova York saltou de 1% para o limite crítico de 3%.

Outro recorde negativo do país foi o maior número do público infantil infectado em apenas uma semana. De acordo com a Academia Americana de Pediatria junto com a Associação dos Hospitais Infantis, 61.447 crianças foram contaminadas pela Covid-19 no intervalo entre 22 e 29 de outubro.

O descontrole dos casos já havia levado a outras decisões de isolamento social em Nova York. O governador da cidade, Andrew Cuomo, estabeleceu que restaurantes e bares deveriam fechar novamente para a contenção da doença.

Caso a população norte-americana não siga as instruções de proteção, Michael Mina, epidemiologista da Universidade Harvard, afirma que a comemoração do Dia de Ação de Graças será um episódio que levará a uma explosão de testes positivos para o coronavírus.

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Como é o caso do estado de Utah, no oeste dos Estados Unidos. O país está em estado de emergência e ainda enfrente uma onda virtual de pessoas que defendem, em grupos do Facebook, que crianças não sejam testadas para que escolas e atividades extracurriculares não sejam paralisadas.

O cenário é igual na Europa

A mesma preocupação estende-se para o continente europeu, em que o levantamento é de que 284 mil casos são diagnosticados diariamente. Isso fez com que países como Áustria e Grécia comunicassem aos seus moradores que as escolas fechariam novamente.

Já em Portugal, há um toque de recolher noturno para evitar aglomeração e, no final de semana, instalou-se a mesma reclusão para 70% da população. Entretanto, isso não impediu que muitos portugueses fossem às ruas, em um movimento intitulado “Marcha pela Liberdade”, em Lisboa. A mesma linha de protestos aconteceu em Frankfurt e outras cidades da Alemanha.

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