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Morte do filho de Whindersson Nunes: entenda o que é prematuridade extrema

O bebê chegou ao mundo com 22 semanas, mas não resistiu e faleceu na segunda (31). Saiba detalhes sobre a condição e quais os sinais de alerta.

Por Flávia Antunes
Atualizado em 1 jun 2021, 11h17 - Publicado em 31 Maio 2021, 17h53
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 (@lininhatsunami/Instagram)
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No sábado (29), muito antes do previsto, o humorista Whindersson Nunes e a estudante de engenharia Maria Lina anunciaram o nascimento do filho. O bebê João Miguel chegou ao mundo prematuro de 22 semanas e não resistiu, falecendo dois dias depois, na segunda-feira (31).

O anúncio do parto e, posteriormente, do falecimento foi dado em nota oficial e nas redes sociais dos pais. “Ontem eu conheci meu filho, e a primeira vez que encostei nele foi como se eu encostasse em um pedaço de Deus. A tanto tempo eu não me sentia vivo”, declarou Whindersson em uma foto delicada segurando a mãozinha do recém-nascido. 

O comediante também falou sobre a sensação de impotência diante do ocorrido e elogiou a força de sua mulher “Ele é bem pequeninho porque veio um pouco antes do esperado, a mãe dele foi uma leoa demais, e nessa hora a natureza me botou mostrou um lugar que eu nunca estive, parado, e sem poder fazer nada, onde eu não tinha controle de nada”, escreveu. 

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Os graus da prematuridade

O caso do filho de Whindersson entra dentro na classe da prematuridade extrema, quando o parto acontece com menos de 28 semanas. A causa da morte de João Miguel não foi divulgada, mas o nascimento adiantado foi um fator determinante. E, infelizmente, sua ocorrência é mais comum do que parece.

Segundo um levantamento de 2018 da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 15 milhões de bebês nascem antes do fim da gestação por ano o mundo, o que representa 10% do total de nascimentos.

A entidade ainda reforça a preocupante estatística de que a prematuridade é considerada a principal causa de morte em crianças nos primeiros cinco anos de vida no Brasil. De acordo com dados do Ministério da Saúde, são cerca de 340 mil bebês por ano e a necessidade de cuidados especiais na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) aumenta três vezes o risco de morte e sequelas.

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As crianças que chegam ao mundo antes de completar 37 semanas são consideradas prematuras. Apesar da classificação geral, as complicações da condição e taxas de sobrevida do bebê dependem do grau de sua prematuridade.

  • Prematuro extremo: menos de 28 semanas;
  • Muito prematuro: 28 a 32 semanas;
  • Prematuros moderados: entre 32 semanas e 34 semanas.
  • Prematuro tardio: entre 34 e 37 semanas.

Sinais que merecem atenção

As causas da prematuridade são muitas e vão desde problemas de má-formação do feto até infecções adquiridas pela mãe. A obstetra e especialista em reprodução humana Carla Iaconelli cita mais algumas possibilidades: “A antecipação do parto pode ter relação com condições maternas, como a incompetência istmo-cervical, doença hipertensiva e diabetes. Também pode estar associada à gestação múltipla, à rotura prematura de membranas no início do trabalho de parto e ao hábito do tabagismo”.

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Aquelas que já tiveram um parto prematuro no passado, que possuem anomalias no útero ou que não esperaram 18 meses após a data do último parto para engravidar novamente estão mais propensas a darem à luz antecipadamente – aqui listamos os principais sinais de atenção.

Apesar dos fatores de risco, existe uma série de comportamentos durante a gestação que contribuem para o bom desenvolvimento do bebê – e por isso, não é preciso se desesperar se você se identificou com algum dos itens aqui em cima.

“Manter uma boa alimentação, evitar álcool, cigarro e outras drogas, prestar atenção aos corrimentos, dores embaixo do ventre e perda de líquido ou sangue, além de seguir as orientações do obstetra caso seja necessário repouso são alguns dos cuidados preventivos que a mãe pode ter”, aponta Carla.

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O acompanhamento regular durante a gravidez é importantíssimo, para que o médico avalie de perto quaisquer sinais de que algo vai errado – por meio de procedimentos como o ultrassom obstétrico transvaginal, que mede o comprimento do colo uterino – e assim consiga intervir o quanto antes.

Embora o número de partos prematuros venha aumentando, a boa notícia é que a chance da criança sobreviver também é maior, graças aos novos medicamentos e aos avanços da tecnologia, que permitem que os nascidos antes da hora terminem o seu desenvolvimento fora do útero.

O difícil período do luto

Depois de abrir o coração sobre a dor da perda, Whindersson revelou que escreveu uma música para o filho no hospital, enquanto aguardava a sua melhora. “Tão lindo, eu me vi em você, sonhei com você nos meus braços subindo no palco, tanto filho, tanto. Amei te conhecer, filho, do fundo do meu coração, eu amei ter te visto, amei as 24 horas com você, cada pulinho na barriga da mamãe, cada cambalhota (…)”, postou.

“Foi só você chegar aqui para tanta coisa mudar em mim. Se um dia eu já me senti só, eu sei que faltava você. Se não tiver para onde fugir, se for difícil respirar, que o fôlego de vida que há em mim convoque em ti”, diz um trecho da canção emocionante. Dê o play se quiser ouvi-la completa (mas saiba que o conteúdo pode ser sensível para algumas famílias):

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