Menstruação atrasada nem sempre é gravidez: entenda o que pode estar acontecendo
Para além da gravidez, entenda algumas condições que podem estar desregulando sua menstruação
Quando a menstruação não chega na data esperada, é comum que a primeira suspeita seja gravidez. Esse pensamento imediato é natural, mas nem sempre verdadeiro. A ausência do fluxo menstrual pode estar ligada a uma série de outros fatores, desde mudanças hormonais até condições de saúde que exigem acompanhamento médico. Antes de se preocupar ou correr para o teste de farmácia, vale conhecer as principais razões que podem explicar por que o ciclo saiu do ritmo.
Contraceptivos: quando o método interfere no ciclo
Muitos acreditam que o uso de anticoncepcionais garante ciclos completamente regulares. Mas, dependendo do método, como pílulas de uso contínuo ou dispositivos intrauterinos hormonais (DIU), é comum que o fluxo se torne mais espaçado ou até mesmo desapareça por alguns meses. Isso acontece porque os hormônios presentes nesses métodos mantêm o endométrio estável, impedindo que a descamação e, consequentemente, faz com que a menstruação aconteça da forma habitual.
Apesar disso, nenhum contraceptivo é 100% eficaz. Por isso, se o fluxo não aparecer após alguns dias da pausa da cartela ou do uso do método, é recomendável fazer um teste de gravidez para descartar essa possibilidade.
Síndrome do Ovário Policístico (SOP): um desafio para o ciclo
A SOP é uma condição comum que pode alterar bastante o calendário menstrual. Mulheres com a síndrome produzem mais folículos, mas eles não amadurecem de forma adequada, o que atrasa ou até impede a ovulação. Além dos ciclos irregulares, alguns sintomas podem indicar SOP, como ganho de peso, aumento de pelos em áreas incomuns (rosto, tórax) e acne. No entanto, mesmo quem não apresenta esses sinais pode ter a síndrome, detectada em exames como a ultrassonografia.
Estresse: como a mente pode afetar o corpo
O estresse também pode ser um vilão para a regularidade do ciclo. Mudanças de rotina, pressões no trabalho ou situações emocionais intensas podem afetar o funcionamento do hipotálamo, região do cérebro que regula os hormônios do ciclo reprodutivo. Com isso, o corpo pode atrasar ou até mesmo “pular” uma menstruação.
Peso corporal: quando o IMC faz diferença
Alterações bruscas no peso, tanto para menos quanto para mais, podem mexer com o equilíbrio hormonal e afetar o ciclo menstrual. Mulheres com baixo IMC, como atletas ou pessoas com distúrbios alimentares, podem parar de menstruar porque o corpo entende que não está em condições de sustentar uma gravidez. Já o sobrepeso, especialmente em casos de SOP, também pode levar a atrasos e irregularidades. Em contrapartida, até pequenas mudanças no peso podem ajudar a regularizar o ciclo.
Perimenopausa: o que acontece no corpo durante essa fase
Por volta dos 45 a 50 anos, muitas mulheres começam a notar mudanças na regularidade do ciclo devido à perimenopausa, fase que antecede a menopausa. Os intervalos entre as menstruações podem aumentar, e o fluxo tende a ficar diferente do habitual. Se a ausência de menstruação acontecer antes dos 40 anos, pode ser sinal de menopausa precoce ou insuficiência ovariana, e merece atenção médica.
Causas mais raras: problemas na hipófise
Em alguns casos menos comuns, o atraso pode estar relacionado a tumores benignos na hipófise, como o prolactinoma. Ele aumenta a produção de prolactina, hormônio ligado à produção de leite, e pode interromper a menstruação. Dor de cabeça intensa, alterações na visão e secreção nas mamas fora do período de amamentação são sinais que exigem avaliação médica imediata.
Outras condições de saúde: tireóide e metabolismo
Doenças como diabetes e disfunções da tireoide também podem impactar diretamente o ciclo menstrual. Alterações nesses sistemas influenciam os hormônios que controlam a ovulação, resultando em ciclos irregulares ou na ausência da menstruação.
Quando procurar um médico
Nem todo atraso é motivo de preocupação, mas alguns sinais merecem atenção. Sangramento intenso após dias de atraso, dor forte ou resultado positivo em teste de gravidez exigem avaliação médica imediata. Observar o corpo e buscar orientação especializada sempre será o caminho mais seguro para cuidar da saúde reprodutiva.
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