Meningite B: o que você precisa saber sobre o tipo mais comum da doença em crianças

Em maio de 2015, foi lançada no Brasil a primeira vacina contra esse tipo de meningite, que afeta principalmente os pequenos de até 5 anos de idade. Fique por dentro da nova medicação e conheça os sintomas da doença e as formas de transmissão.

Por Luiza Monteiro
Atualizado em 22 out 2016, 18h52 - Publicado em 18 Maio 2015, 09h32
Jovanmandic/Thinkstock/Getty Images
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A partir da semana de 10 de maio de 2015, chegou às clínicas particulares de todo o Brasil a vacina contra a meningite bacteriana do tipo B. Causada pela bactéria meningococo (MenB), essa é uma das formas mais agressivas da enfermidade . “Ela tem uma evolução muito rápida”, conta a médica Flávia Bravo, presidente da regional do Rio de Janeiro da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). “O período entre a incubação e o momento em que a doença se apresenta é de um a três dias”, informa.

Estima-se que o meningococo B represente 20% dos casos de meningite bacteriana. Embora não seja o mais comum – posto ocupado pelo tipo C -, ele é um dos mais perigosos e atinge com mais frequência a garotada menor de 5 anos, em especial aqueles que ainda não completaram o segundo ano de vida. Além disso, até a chegada do novo imunizante, o MenB era o único que não contava com uma vacina. “Graças à vacinação em massa contra a meningite C, houve uma redução da doença. Porém, a maior parte dos casos passou a acontecer por causa do meningococo B”, explica Flávia Bravo. Além dessas duas versões da doença, há também as cepa W e Y, contra as quais também existem medicações. 

A vacina recém-chegada ao Brasil já é aplicada em outros países há um tempo. Por aqui, ela é fabricada pelo laboratório farmacêutico britânico GlaxoSmithKline (GSK). O imunizante é indicado para lactentes a partir dos 2 meses, adolescentes e adultos de até 50 anos de idade. Cada dose será fornecida às clínicas por R$ 340, mas o preço final ao consumidor pode variar de acordo com a localização do estabelecimento médico. Por enquanto, só há disponibilidade na rede privada e ainda não há previsão de quando chegará ao sistema público de saúde. 

 

A doença

 

Sintomas

Os primeiros sinais da meningite costumam ser febre alta, dor no corpo e vômito. Como esses são sintomas comuns a outras enfermidades, é difícil diagnosticar a doença. O caso é ainda mais complicado nos bebês. “A rigidez na nuca, que é um sinal muito claro de inflamação das meninges, muitas vezes não acontece neles”, avisa a médica da SBIm. Ela explica que, no caso dos pequeninos, ocorre o chamado abaulamento da fontanela, que é quando a moleira (localizada no topo da parte posterior da cabeça) fica tensa, com aspecto estufado. “O problema é que nem sempre esse sinal aparece em tempo hábil de tratar a doença”, pondera Flávia.

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Transmissão

A disseminação das meningites bacterianas é de pessoa para pessoa, principalmente por meio de gotículas e secreções expelidas pelas vias respiratórias.

 

Tratamento

A principal forma de tratar a meningite é a partir de antibióticos. Medidas de suporte também podem ser aplicadas, como soro, corticoide e remédios para febre.

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Prevenção

A principal forma de se manter longe da meningite B (e dos outros tipos) é por meio da imunização. E o ideal é que ela comece o mais cedo possível. Bebês devem tomar três doses no primeiro ano de vida (aos 3, 5 e 7 meses) e um reforço após o primeiro aniversário (entre 12 e 15 meses). Os pequenos que têm mais de 6 meses recebem duas doses até completarem 1 ano e uma terceira no segundo ano de vida. Para crianças maiores, adolescentes e adultos a indicação são duas doses com intervalos de dois meses entre cada uma.

É importante também que aqueles que têm contato com os bebês se vacinem. “Os adultos podem ter a bactéria na garganta e transmiti-la sem que a doença se manifeste”, alerta Flávia Bravo. Além disso, sempre que possível, evite levar o filhote a locais de grandes aglomerações, que favorecem a contaminação.  

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