Mau hálito em bebês: saiba as causas e como manter a saúde bucal do seu filho

Manter uma rotina de higiene bucal é essencial para o bem-estar da criança desde os primeiros meses de vida

Por Redação Pais e Filhos
25 dez 2024, 12h00
Menino asiático, por volta de 2 anos, escovando os dentes com uma escova azul. Ele está sorrindo e sem camisa.
 (Nitimongkolchai/Thinkstock/Getty Images)
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Embora o mau hálito seja mais comum em adultos, pode ocorrer também em bebês. Essa situação pode deixar os pais preocupados, mas é importante entender que, na maioria dos casos, o mau hálito em bebês não indica um problema grave. No entanto, manter uma rotina de higiene bucal é essencial para o bem-estar da criança desde os primeiros meses de vida. Vamos entender as causas do mau hálito em bebês e aprender dicas para prevenir o problema e garantir a saúde bucal dos pequenos.

O que é o mau hálito em bebês?

O mau hálito, ou halitose, em bebês ocorre pela fermentação e decomposição de resíduos alimentares, que ficam retidos na boca, principalmente na língua. No caso dos recém-nascidos, os resíduos do leite materno ou de fórmulas podem se acumular na cavidade oral e na língua, criando um ambiente propício para a ação de bactérias que liberam substâncias com odor desagradável. Em alguns casos, o mau hálito também pode estar relacionado a problemas de saúde. É importante que os pais fiquem atentos para identificar e, se necessário, procurar orientação médica.

Principais causas do mau hálito em bebês

O mau hálito pode ter diferentes causas. Veja abaixo as principais situações que podem estar associadas ao problema:

Má higiene bucal: a presença de bactérias na boca, em contato com partículas de leite e alimentos, pode causar odores. Sem uma limpeza adequada, os resíduos ficam presos entre as gengivas e na língua, gerando mau cheiro.  

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Infecções na boca: problemas como cáries, tártaro e abscessos dentários podem causar mau hálito em qualquer idade. Isso é mais comum em crianças mais velhas, mas é um fator a ser considerado.

Boca seca: a respiração pela boca, comum em bebês e crianças com alergias e nariz entupido, reduz a produção de saliva, que tem um papel fundamental na remoção de bactérias da boca. Sem saliva suficiente, o hálito pode ser afetado.

Objetos estranhos no nariz: às vezes, bebês e crianças pequenas colocam pequenos objetos, como pedaços de comida ou brinquedos, no nariz. Um objeto estranho retido nas vias nasais pode causar mau hálito.

Medicamentos: algumas substâncias dos medicamentos podem provocar mau hálito como efeito colateral, por liberarem compostos com odor forte na boca.

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Chupar dedo ou chupeta: a exposição constante do dedo ou da chupeta à saliva pode criar um ambiente propício para a proliferação de bactérias, que acabam causando mau cheiro. 

Doenças e alergias: condições como sinusite, amigdalite e refluxo podem afetar o hálito da criança, principalmente quando ocorrem em conjunto com obstrução nasal ou infecções.

Alimentos com sabor marcante: crianças que consomem alimentos com cheiros fortes, como alho ou cebola, podem apresentar hálito alterado temporariamente durante a digestão desses alimentos.

É comum bebês terem mau hálito?

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Sim, o mau hálito pode ocorrer em bebês, principalmente devido à dificuldade de realizar uma boa higienização da boca. A língua do bebê, por ser mais rugosa, tende a acumular resíduos de leite e outros alimentos, o que contribui para o mau cheiro. A limpeza da boca é fundamental para prevenir a halitose.

Como evitar o mau hálito em bebês

A prevenção do mau hálito em bebês passa por uma rotina de higiene bucal adequada. A higiene deve começar cedo, e as visitas semestrais ao dentista são recomendadas a partir do surgimento dos primeiros dentes. A seguir, confira algumas orientações para a higiene bucal dos bebês:

Antes do nascimento dos dentes: use uma gaze ou pano umedecido em água fervida ou filtrada para limpar a gengiva e a língua do bebê. Enrole a gaze no dedo e faça a limpeza com cuidado.

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Quando os dentes começarem a aparecer: escove os dentes do bebê com uma escova de cerdas macias e creme dental infantil com flúor. A quantidade de creme dental deve ser equivalente a um grão de arroz. Quando a criança aprender a cuspir, aumente a quantidade para o tamanho de um grão de ervilha.

Limpando a língua: a língua também precisa ser higienizada regularmente, pois as bactérias se acumulam na sua superfície. Para bebês, faça a limpeza com a gaze umedecida; para crianças mais velhas, ensine-as a escovar a língua.

Usando o fio dental: quando os dentes estiverem próximos uns dos outros, introduza o uso do fio dental para remover restos de alimentos que podem causar mau cheiro.

Substitua a escova regularmente: escovas de dentes desgastadas perdem a eficiência na remoção de placas bacterianas e resíduos de alimentos, o que pode aumentar o risco de mau hálito.

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Higienize a chupeta e outros objetos: esterilizar a chupeta e outros objetos que o bebê coloca na boca reduz a proliferação de bactérias e evita odores indesejados.

O papel da família na higiene bucal

Até os sete anos, é ideal que os pais realizem a escovação dos filhos, já que as crianças ainda não possuem coordenação motora suficiente para fazer a higienização corretamente. A partir dessa idade, a criança pode começar a ter mais autonomia, mas sempre com supervisão. É recomendado que os pais observem a escovação até por volta dos 10 anos, idade em que as crianças já têm maior habilidade para cuidar da própria higiene bucal.

Consultoria: Dra. Thais Bustamante, pediatra, e Dr. Fernando Tai, cirurgião dentista.

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