A infertilidade é um problema que afeta – e frustra – cada vez mais casais em busca do primeiro bebê, mas há outra faceta menos conhecida desse drama: a dificuldade que pode ocorrer quando, após uma gestação bem-sucedida no passado, os dois não conseguem engravidar novamente, por mais que tentem. Essa situação é a chamada infertilidade secundária.
A incapacidade de ter um novo bebê acaba chamando menos a atenção do que casos de infertilidade primária, pois muitas vezes acaba em conformismo – pelo menos, já existe uma criança na família. Mas, ainda assim, essa dificuldade pode ser causa de preocupação, tristeza e muitas dúvidas em casais que não se consideravam inférteis. Vale entender mais sobre esse problema.
Quais as causas da infertilidade secundária?
Em boa parte das vezes, a infertilidade secundária tem relação com a passagem do tempo: seja pelo envelhecimento natural ou por hábitos pouco saudáveis que afetaram a saúde reprodutiva desde a concepção anterior.
No caso das mulheres, alterações hormonais e problemas de ovulação que não existiam antes costumam ser os culpados. Já para os homens, o avanço da idade leva a uma piora na qualidade dos espermatozoides, seja em termos de morfologia, quantidade ou motilidade – todos fatores que os tornam menos eficientes na hora de fertilizar o óvulo.
Para os dois gêneros, o avanço de problemas crônicos de saúde, como hipertensão ou diabetes, além de hábitos como tabagismo e consumo de álcool, contribuem para tornar mais difícil uma nova gravidez com o passar do tempo.
O que fazer?
Quando um caso de infertilidade conjugal – seja ela primária ou secundária – é diagnosticado, o caminho costuma ser recorrer à reprodução assistida. A infertilidade conjugal ocorre quando, após um ano de relações desprotegidas durante o período fértil, ainda assim não ocorreu uma gestação.
A melhor maneira de diagnosticar corretamente um quadro de infertilidade (e seus motivos) é recorrendo sempre a especialistas em reprodução humana, que também podem indicar as alternativas mais interessantes para a necessidade de cada casal.
Em alguns casos, pode-se recorrer à estimulação ovariana, que aumenta as chances de conceber em uma relação “natural”. Outros podem preferir ir direto para a fertilização in vitro, um procedimento mais caro, mas com chances mais altas de sucesso. Consulte um médico e a conta bancária antes de tomar a decisão.
E a infertilidade primária, o que é?
A infertilidade primária ocorre quando um casal não consegue engravidar sequer pela primeira vez. Nesse caso, há um problema já na largada, que pode envolver questões anatômicas (como alterações nas tubas uterinas, endometriose, bloqueios nos epidídimos dos testículos, entre outros motivos), hormonais ou outros problemas de saúde.
Novamente, é preciso recorrer a médicos como urologistas e ginecologistas, com foco na reprodução. Eles vão saber indicar os exames necessários para verificar as causas de fundo e determinar se há algum tratamento possível ou se é o caso de recorrer à reprodução assistida.