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Funcionária de mercado tenta impedir mãe de amamentar: “Comecei a chorar”

Ao alimentar a filha no estacionamento do local, a jovem inglesa foi advertida de que a prática não era "apropriada".

Por Carla Leonardi
Atualizado em 30 jun 2022, 14h43 - Publicado em 30 jun 2022, 14h29

É difícil entender, mas ainda hoje, em 2022, a amamentação é considerada por algumas pessoas uma prática íntima e que atravessa os supostos limites do pudor quando feita fora de um espaço estritamente reservado. Foi o que aconteceu com Beth Coles, mãe de 25 anos, surpreendida em seu carro enquanto amamentava a pequena Rose.

O caso aconteceu no estacionamento do supermercado Sainsbury’s, na região de Kidderminster, na Inglaterra. Segundo o relato de Beth, ela estava fazendo compras quando a criança começou a chorar. Como não queria amamentar dentro da loja, foi até o carro alimentar a filha e, ao ver uma funcionária indo em sua direção e batendo no vidro, achou que tinha derrubado alguma coisa pelo caminho.

“Eu abri, imaginando talvez ter deixado algo cair, mas ela disse ‘você não pode fazer isso, por favor, acho que é inapropriado“, contou à BBC News. “Não consegui responder, apenas comecei a chorar”, lembrou. A mãe de Rose disse ainda ter sido desencorajada a sair de casa com a bebê. “Eu só quero desistir. Se essa é a reação de pessoas que deveriam incentivar jovens mães, por que insistir?“, desabafou.

Mãe amamentando bebê
(Amanda Caroline da Silva/Getty Images)

Amamentar é um direito

Após esse lamentável acontecimento ter ido à público, o Sainsbury’s se desculpou em comunicado, chamando a situação de “experiência inaceitável” e ressaltando que a amamentação é, sim, bem-vinda nas lojas da rede. Um porta-voz declarou que a história estava sendo apurada e que mais treinamentos nesse sentido seriam oferecidos aos funcionários.

No Brasil, casos como esse são relatados com frequência, mas vale lembrar que a Lei 8.069 de 1990 assegura “(…) à lactante o direito de amamentar a criança em todo e qualquer ambiente, público ou privado, ainda que estejam disponíveis locais exclusivos para a prática”.

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