Doença mão-pé-boca: tudo o que pais precisam saber

Saiba mais sobre os sintomas e quando buscar ajuda médica

Por Redação Pais e Filhos
4 jul 2025, 12h00
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 (Media Trading Ltd/Getty Images)
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Imagine um cenário em que pequenas manchas e bolhas surgem de repente nas mãos, nos pés e na boca de uma criança, gerando um susto em muitas famílias. Essa condição, conhecida pelo nome bastante peculiar de doença mão-pé-boca, é, na verdade, uma infecção de origem viral. Ela é provocada por membros de um grupo específico de micro-organismos, os vírus Coxsackie. 

Embora afete predominantemente os pequenos com menos de cinco anos de idade, esse problema de saúde pode, em certas circunstâncias, também acometer indivíduos adultos. O nome curioso da doença se justifica pela localização característica das marcas avermelhadas e das bolhas que aparecem nessas regiões do corpo. Compreender seus aspectos é necessário para atravessar essa fase com mais serenidade, e a informação correta, aliada a ações preventivas, se torna uma valiosa aliada.

Quando ela aparece e como se espalha

Esse quadro clínico costuma se manifestar com maior prevalência durante as estações mais frescas do ano, como o outono e o inverno, quando a proximidade em ambientes fechados é mais frequente. Sua difusão é notavelmente simples, ocorrendo por meio da interação direta com fluidos corporais como a saliva, resíduos fecais, ou até mesmo através de objetos que foram tocados por alguém já contaminado. É importante saber que, devido à existência de diversas variações desse agente infeccioso, é possível que uma pessoa contraia a doença mais de uma vez ao longo da vida, pois a imunidade desenvolvida para uma variante pode não proteger contra outras.

A forma de propagação desse vírus é altamente eficiente, sendo a via fecal-oral a principal maneira pela qual ele se alastra. Isso significa que o contato com a saliva ou as fezes de um indivíduo infectado é a rota mais comum para a infecção. Além disso, a partilha de itens de uso comum, como brinquedos, utensílios ou alimentos que contenham o vírus, também pode facilitar sua transmissão. Um aspecto que merece atenção é que, mesmo após a recuperação completa dos sintomas visíveis, o micro-organismo pode permanecer presente nas fezes do indivíduo por um

período de semanas, o que representa um risco contínuo de disseminação para outras pessoas.

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Sinais e manifestações: como reconhecer?

Os primeiros indícios da presença do vírus geralmente se manifestam em um intervalo que varia de três a seis dias depois do contato inicial. É fundamental observar atentamente algumas das manifestações características. Um dos primeiros e mais frequentes sinais a aparecer é uma elevação considerável da temperatura corporal. Outros sintomas incluem dores pelo corpo, que podem ser interpretadas como um resfriado comum.

No entanto, as particularidades da doença começam a se revelar na cavidade oral. Pequenas marcas avermelhadas surgem no interior dos lábios, nas bochechas, no céu da boca e na garganta. Essas manchas evoluem e se transformam em úlceras dolorosas, o que pode tornar a alimentação e a ingestão de líquidos bastante desconfortáveis para os pequenos. Além das lesões bucais, a pele das extremidades também apresenta sinais: o aparecimento de bolhas nas palmas das mãos e nas solas dos pés. Essas bolhas também podem gerar incômodo ou dor ao toque e à pressão.

Em alguns casos, a condição pode vir acompanhada de outras queixas, como episódios de vômito, quadros de diarreia, sensação de coceira na pele e um mal-estar generalizado. Vale ressaltar que nem todas as crianças afetadas apresentarão a totalidade desses sinais. A doença pode se manifestar de uma maneira mais suave ou, ainda, restringir-se a uma única área do corpo, sem envolver todas as regiões típicas.

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Desvendando o diagnóstico e o alívio

A identificação da doença mão-pé-boca geralmente é realizada por um profissional da saúde, que se baseia na observação cuidadosa dos sinais apresentados e em um exame físico detalhado. O especialista irá examinar as erupções que surgem na pele e as feridas presentes na boca para confirmar o diagnóstico. Em situações mais complexas ou quando houver incerteza, o médico pode solicitar exames laboratoriais, como testes de sangue ou de amostras fecais, para determinar o tipo exato do vírus envolvido na infecção.

É importante compreender que, para essa condição viral, não existe uma medicação específica que cure a doença. Em geral, a infecção tem um curso autolimitado, o que significa que ela tende a desaparecer por conta própria em um período aproximado de sete a dez dias. O foco do tratamento, portanto, é proporcionar conforto e aliviar os sintomas incômodos. Para controlar a febre, são indicados medicamentos que ajudam a baixar a temperatura corporal. Para reduzir as dores e o desconforto geral, analgésicos e anti-inflamatórios podem ser recomendados. Manter a criança bem hidratada e garantir uma nutrição adequada, especialmente se a dor ao engolir estiver dificultando a alimentação. Em situações que apresentem maior gravidade, o médico pode prescrever outros remédios específicos para auxiliar na recuperação completa.

Estratégias de prevenção e cuidados essenciais

A boa notícia é que sim, é totalmente possível adotar medidas eficazes para diminuir o risco de contaminação e a propagação dessa doença. A higiene pessoal é uma ferramenta poderosa. Lavar as mãos com regularidade é um dos passos mais importantes, principalmente após o uso do banheiro e antes de qualquer refeição. Para as crianças pequenas, que frequentemente levam objetos à boca, é fundamental higienizar seus brinquedos e outros itens que entrem em contato direto com elas.

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Outra medida preventiva simples, mas de grande impacto, é evitar o compartilhamento de objetos de uso pessoal, como copos e talheres, que podem ser veículos para o vírus. Para conter a disseminação em ambientes coletivos, como escolas e creches, é essencial manter as crianças que estão doentes afastadas enquanto apresentarem os sintomas ou estiverem em período de contágio. O cuidado com a higiene dos alimentos e a precaução em evitar o contato físico direto com indivíduos que estejam com a infecção ativa também são recomendações importantes.

Embora a doença mão-pé-boca possa causar bastante desconforto temporariamente, com a atenção e os cuidados apropriados, a recuperação ocorre sem grandes transtornos. Se por acaso os sintomas persistirem por um período prolongado ou se houver um agravamento do quadro, não hesite em procurar imediatamente um profissional da saúde para uma avaliação mais aprofundada e orientações específicas. Cuidar dos pequenos com carinho e informação faz toda a diferença.

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