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Do pré-natal ao pós-parto: como reconhecer sinais de violência obstétrica

Conheça seus direitos e como identificar que está sofrendo violência obstétrica

Por Redação Pais e Filhos
31 ago 2025, 07h00
Casal de mãos dadas sobre a mesa diante de médico - infertilidade
 (Thinkstock/Reprodução)
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O nascimento de um filho é um dos momentos mais marcantes da vida. No entanto, nem sempre essa experiência ocorre com o cuidado, acolhimento e respeito que toda gestante merece. Relatos nas redes sociais reacenderam o debate sobre a violência obstétrica, um tema sensível, mas essencial. Afinal, o que caracteriza essa forma de agressão? E como profissionais e famílias podem contribuir para um parto mais seguro, ético e humano?

O que é violência obstétrica?

A violência obstétrica envolve qualquer ação, ou omissão, de profissionais ou instituições de saúde que cause sofrimento físico ou emocional à gestante, parturiente ou puérpera. Pode ocorrer no pré-natal, durante o parto ou no pós-parto imediato, seja em serviços públicos ou privados.

De acordo com especialistas da área do direito médico, a violência obstétrica se trata de qualquer conduta que cause dor física ou sofrimento emocional evitável à gestante, parturiente ou puérpera, incluindo ações ou omissões por parte de profissionais ou instituições de saúde. Isso engloba atitudes desrespeitosas, negligentes, discriminatórias, humilhantes ou que desconsiderem a autonomia da mulher durante o pré-natal, o parto ou o pós-parto imediato.

Consentimento esclarecido: o direito de decidir sobre o próprio corpo

Um dos fundamentos de um parto respeitoso é o consentimento informado. Isso significa que a mulher deve ser orientada sobre todos os procedimentos, riscos e alternativas disponíveis, e só então autorizar sua realização.

Advogados na área reforçam a importância da documentação adequada no prontuário médico e do diálogo claro entre profissionais e pacientes: a comunicação precisa ser transparente e devidamente registrada para garantir segurança e respaldo legal.

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Humanização com segurança: equilíbrio entre técnica e empatia

O termo parto humanizado ganhou visibilidade e busca devolver à mulher o protagonismo do nascimento. Isso não significa abrir mão da medicina baseada em evidências, mas sim aliar respeito à autonomia da mulher com os cuidados técnicos necessários.

Complicações podem surgir em qualquer atendimento médico, mas a responsabilização ocorre apenas quando há indícios de condutas negligentes, imprudentes ou mal executadas. É possível, e necessário, promover um atendimento humanizado sem comprometer a segurança da mãe e do bebê.

Redes sociais e ética profissional: o que deve ser respeitado

O uso de vídeos e imagens de partos nas redes sociais deve ser feito com responsabilidade. Mesmo com autorização legal para fins informativos, é obrigatório obter o consentimento formal da paciente, explicando claramente como o conteúdo será utilizado.

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É fundamental que profissionais da saúde atuem com cautela, especialmente em tempos de grande visibilidade nas redes sociais. Casos envolvendo influenciadores sob investigação por violência obstétrica evidenciam a importância de não tirar conclusões precipitadas. Sem o acesso completo aos prontuários e ao histórico médico, não é possível avaliar adequadamente os fatos apenas com base em vídeos ou relatos isolados.

Direitos das gestantes: informação, voz e respeito

Toda mulher tem direito a um atendimento digno, ético e transparente durante a gestação, parto e pós-parto. Saber seus direitos, fazer perguntas, exigir explicações e ser tratada com empatia são atitudes fundamentais para evitar abusos.

Informação é proteção. Entender o que configura violência obstétrica é o primeiro passo para preveni-la e garantir que o parto seja um momento de acolhimento e respeito, como deve ser.

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