Como desentupir o nariz do bebê? Conheça a lavagem nasal

Com alguns cuidados, lavagem nasal pode prevenir problemas respiratórios e desobstruir as vias aéreas de bebês e crianças

Por Valentina Bressan
20 ago 2024, 17h00
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Congestão nasal frequente pode ser indicativo de uma condição respiratória crônica, como rinite alérgica — para esses casos, é importante consultar com pediatra (Freepik/Reprodução)
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Se ficar com o nariz entupido já é desagradável para adultos, imagine para os bebês: até os seis meses de idade, os pequenos só conseguem respirar pelo nariz. Por isso, qualquer obstrução nas vias aéreas causa um incômodo tremendo.

Para aliviar a congestão nasal, diferentes técnicas podem ajudar a remover o excesso de muco e aplacar o desconforto.

Seja com seringa, conta-gosta, spray de jato único ou contínuo, a lavagem nasal é indicada para casos de rinite alérgica e não alérgica, infecções das vias aéreas superiores – como sinusite ou adenoidite –  e para umidificação ou higiene em geral.

No pós-operatório de cirurgias, a limpeza ajuda a evitar infecções e melhora a cicatrização. Casos de sangramento nasal ou perda olfatória também podem levar à indicação. É um método que pode auxiliar no tratamento de doenças respiratórias e ser recomendado como medida profilática para evitar obstrução nasal e manter a qualidade da respiração.

Como fazer lavagem nasal em bebês e crianças?

Em crianças ou adultos, a recomendação é utilizar sempre soro fisiológico nas lavagens. Ele pode ser comprado já pronto, em sachês ou preparado em casa – desde que as proporções corretas sejam seguidas.

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Para crianças, o ideal é evitar o uso de garrafinhas, seringas ou outros métodos de lavagem nasal de alto volume, que podem causar desconforto e pressão. De maneira geral, a lavagem nasal deve ser feita com cautela em crianças menores de dois anos. Busque sempre indicação pediátrica antes de incorporar a prática no dia a dia do bebê.

Até os seis meses, a lavagem nasal pode ser recomendada em casos de rinite, infecções ou malformações congênitas. A aspiração nasal – que não deve ser realizada com sondas – ajuda na remoção do excesso de secreções. A principal dica é solicitar uma avaliação médica do aspecto da mucosa nasal em casos de congestão.

Como os bebês têm dificuldade de se manter sentados e não conseguem assoar o nariz, o recomendado é usar o aspirador nasal, que suga o muco do nariz, além de conta-gotas ou spray com até 1mL de soro fisiológico. O melhor momento para fazer a lavagem nasal é antes das mamadas e antes de dormir.

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A partir dos seis meses até os 6 anos, podem ser utilizados de 3 a 20 mL de soro fisiológico, dependendo da idade da criança. O ideal é inclinar a cabeça da para frente e para o lado contrário da narina que será lavada. Em crianças maiores, a partir dos seis anos, garrafinhas podem ser usadas para lavagem nasal.

É importante que os pais não forcem a criança em caso de resistência à lavagem nasal, porque a pressão ou força excessivas podem causar dor nos ouvidos e otite.

Fique atento a obstruções frequentes

Casos de congestão nasal frequentes podem ser indicativos de alguma condição respiratória crônica. Por isso, vale buscar um médico para avaliar as vias aéreas da criança.

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Se você notar desconforto da criança durante a lavagem nasal, é necessário investigar se há desvio de septo, lesões ou aumento das adenoides. Evite a lavagem nasal se ocorrerem episódios de regurgitação, refluxo ou sangramento nasal.

A técnica também é desaconselhada se houver suspeita de um corpo estranho nas vias aéreas superiores ou de otite.

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