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Caso raro: feto de 10 centímetros é removido do cérebro de menina de 1 ano

Cirurgia para retirada de "gêmeo parasita" com coluna vertebral, fêmur e tíbia aconteceu na China e foi relatada em artigo científico. Entenda!

Por Carla Leonardi
16 mar 2023, 10h50
Médico colocando luvas para cirurgia. Está de jaleco branco e coloca luvas azuis. Não é possível ver o rosto.
 (Gustavo Fring/Pexels)
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Um relato publicado pela Neurology.org tem chamado a atenção da comunidade médica: na China, uma menina de um ano de idade teve um feto removido de seu cérebro. A situação é inusitada e rara, mas está presente na literatura científica como aquilo que se chama fetus-in-fetu ou “gêmeo parasita.

A hipótese mais aceita para esse tipo de caso é de que, durante a gravidez, que seria inicialmente de gêmeos, as células de um embrião malformado são incorporadas pelo embrião saudável. Assim, ambos seguem se desenvolvendo até que aquele que foi incorporado para em determinado momento (embora possa continuar crescendo caso receba fluxo sanguíneo).

A história foi reportada por Chunde Li, do Beijing Tiantan Hospital, na capital chinesa. De acordo com o Medpage Today, cerca de 200 casos de gêmeos parasitas foram documentados na literatura médica (o primeiro em 1808), mas pouquíssimos deles estavam localizados no crânio.

É importante destacar que não se trata de um teratoma, que é um tumor de origem embrionária formado por tecidos (como dentes, cabelo e músculo), achado normalmente nos ovários ou testículos. Segundo Chunde Li, o que diferencia o fetus-in-fetu é a presença de vértebras e de órgãos internos, além do fato de ser encontrado em pacientes muito jovens.

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4 imagens de uma tomografia cranial de bebê. É possível observar nas duas imagens de baixo a formação incompleta de um feto, com coluna vertebral.
Nas imagens, é possível observar a coluna vertebral e outros ossos da massa fetiforme, bem como o espaço ocupado na caixa craniana (Neurology/Zongze Li et.al/Reprodução)

Remoção do gêmeo parasita

De acordo com o artigo, a garotinha apresentava atrasos no desenvolvimento motor – ela não conseguia, por exemplo, manter-se sentada sem apoio. Além disso, a circunferência do crânio era maior do que o esperado, embora não tivesse nenhum sinal de hipertensão intracraniana, como enjoo, vômitos ou alterações nos olhos.

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Durante os exames de investigação, descobriu-se, por meio de tomografia computadorizada e ressonância magnética, que a pequena tinha hidrocefalia, compressão do cérebro e uma massa fetiforme com cerca de 10cm, apresentando coluna vertebral, fêmur e tíbia. As imagens revelaram que o gêmeo parasita tinha espinha bífida e, em exames posteriores, foram notados ainda os membros superiores e estruturas parecidas com dedos.

Clique aqui para acessar o artigo completo. O relato não traz informações sobre o pós-operatório da menina.

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