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BEBÊ RESPONDE: Quantas vezes por dia é normal o bebê evacuar?

A frequência intestinal de cada criança é diferente. Por isso, consultamos pediatras para entender quando algo não vai bem.

Por Isabelle Aradzenka
Atualizado em 12 jul 2022, 12h01 - Publicado em 8 jul 2022, 15h28
quantas vezes é normal o bebê evacuar
 (Arte: Victoria Daud/Bebê.com.br)
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Quando finalmente o recém-nascido chega à casa após o parto, o que não falta para os pais é a preocupação se tudo está correndo como deveria e o bebê se encontra saudável. Dentro desse contexto, a saúde intestinal traz bastante dúvidas para a família. Afinal, é normal o pequeno evacuar demais ou de menos nos primeiros meses de vida?

Conversamos com especialistas para responder à dúvida e entender se, de fato, existe uma frequência adequada para o bebê fazer cocô. Confira!

Quantas vezes é normal o bebê evacuar por dia?

“Depende de cada criança… Quando o bebê está em aleitamento materno exclusivo, o ritmo intestinal pode ser imediato, ou seja, ele mama e logo em seguida excreta. Como também é absolutamente normal um recém-nascido estar em amamentação exclusiva e fazer cocô a cada sete dias. Afinal, o que são as fezes? São restos alimentares. Então, se o leite materno for totalmente absorvido, não haverá sobras.

Agora, quando a criança se alimenta através de fórmula infantil, tudo dependerá da composição da substância. Há opções que apresentam um alto teor de prebióticos (bactérias benéficas) e estimulam o bebê a fazer mais cocô em comparação àquelas que ingerem fórmulas com menos prebióticos.

Para as crianças que iniciam a fase de alimentação complementar – a partir do sexto mês de vida -, deixamos a regra dos sete dias e passamos a pensar que o normal seria estar até um dia sem evacuar. Segundo a Organização Mundial da Saúde, passar mais de três dias sem ir ao banheiro se qualificaria como um quadro de constipação, enquanto uma diarreia é definida por três ou mais fezes líquidas e amolecidas dentro de 24 horas.

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É importante prestar atenção, pois caso a criança (que já está em alimentação complementar) passe muito tempo sem evacuar, suas fezes ficarão endurecidas e causarão dores na hora de ir ao banheiro. Assim, este bebê pode acabar criando uma relação de que evacuar é dolorido e começar a segurar suas fezes, favorecendo a evolução para uma constipação intestinal.

Por isso mesmo, quando a criança inicia a introdução alimentar, a recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria é de que a dieta seja rica em fibras – que são fontes de matéria prima para a formação do bolo fecal – e acompanhada da ingestão de bastante água para hidratar as fezes e facilitar a sua saída.

Para finalizar, é importante ressaltar que toda criança tem o seu próprio ritmo circadiano (relógio biológico) de hábitos intestinais e o seu eixo cérebro-intestino. Não há um número exato de vezes para que a criança evacue, isto irá depender da alimentação, da idade e da sua microbiota. São muitas variáveis e uma consulta ao pediatra para relatar os dados daquele bebê quanto ao hábito intestinal é muito importante”, explica Tadeu Fernando Fernandes, pediatra do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP).

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