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4 alterações no sistema digestivo durante a gravidez – e como prevenir

Desconfortos têm relação com os hormônios e o aumento do útero para receber o bebê

Por Maurício Brum
8 nov 2024, 07h00

A gravidez é um momento em que o corpo passa por grandes modificações, com efeitos nem sempre muito agradáveis. Entre as mais recorrentes, estão as alterações no funcionamento do sistema digestivo e gastrointestinal – o que envolve aspectos como a náusea e as hemorroidas que muitas gestantes sentem.

Essas situações têm a ver com os hormônios da gravidez e também com alterações físicas no estômago e no intestino, pressionados pelo útero. Mesmo sendo parte de um processo natural, isso não quer dizer que esses sintomas não gerem grande desconforto. Conheça mais como eles ocorrem e algumas dicas para tentar minimizá-los.

1. Náusea e vômito

O enjoo, comum na gravidez, é diferente daquele que ocorre quando não se está esperando um bebê. Aqui, importa menos a alimentação em si, e mais as mudanças hormonais incontroláveis que modificam o funcionamento do sistema digestivo e a sensibilidade a alguns estímulos externos. É um quadro mais comum nas primeiras semanas, mas pode ocorrer ao longo de toda a gestação.

Embora a alimentação não seja determinante, algumas comidas e cheiros podem servir como gatilhos para a náusea. É bom identificá-las e evitá-las quando o sintoma é recorrente. E recomenda-se buscar orientação médica caso o vômito seja recorrente, pois ele pode levar a quadros de desidratação severa que prejudica a saúde da gestante e do bebê.

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2. Prisão de ventre e hemorroidas

Os hormônios da gravidez também fazem com que a digestão dos alimentos ocorra de uma forma distinta, com o intestino funcionando mais lentamente e absorvendo mais água. Isso pode ressecar as fezes, levando a quadros de constipação – e o esforço maior ao evacuar costuma levar a episódios de hemorroidas.

Consumir uma dieta com níveis adequados de fibras e redobrar o cuidado com a hidratação são maneiras de bombar o funcionamento do intestino, de modo a deixá-lo o mais próximo possível do que seria em condições normais.

3. Barriga inchada e gases

Esses sintomas estão associados à própria constipação e também a alterações na flora intestinal associadas à gravidez. O inchaço pode provocar dores abdominais.

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Evitar ficar muito tempo na mesma posição, praticar exercícios físicos (dentro do que for recomendável e seguro para sua fase da gestação) e evitar alimentos que aumentam a propensão à flatulência – como feijão ou repolho – são maneiras de reduzir esse sintoma.

4. Refluxo

O refluxo gastroesofágico surge como consequência do aumento do útero, que pode pressionar o estômago e fazer com que o suco gástrico retorne ao esôfago. Como esse fluido é ácido, ele produz desconforto associado à sensação de queimação e azia.

Aqui, adequações na alimentação também podem ajudar: comidas gordurosas e picantes estão associadas a um agravamento dos sintomas, assim como a cafeína. Outra dica é evitar comer sentada no sofá ou deitada na cama, por exemplo – manter uma postura ereta é outra maneira de minimizar as chances de sofrer com o refluxo logo após se alimentar.

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