1. “Dê um chá”
Um chazinho de camomila, erva-doce ou hortelã é natural e inofensivo, certo? Errado! Antes de sair espalhando esse conselho por aí, saiba que, embora alguns pediatras recomendem, não há comprovação científica de que essas bebidas aliviam, de fato, as cólicas nos bebês. E tem mais: o ideal é que, nos primeiros 6 meses de vida, a criança mame exclusivamente no peito. E oferecer chás a ela pode atrapalhar esse processo. Portanto, que tal orientar a sua amiga que está passando por isso a conversar com o pediatra?
2. “Seu bebê pegou friagem”
Nada a ver! As causas das cólicas em bebês ainda estão sendo investigadas. Mas sabe-se que esse problema está ligado a diversos fatores, como a imaturidade dos sistemas gastrointestinal e nervoso – que controlam, entre outras coisas, as contrações do intestino. A pouca idade do recém-nascido faz com que os movimentos intestinais ocorram de forma descoordenada, provocando as dores. Tanto é que, depois de três meses, é comum que a chateação vá embora.
3. “Você não está amamentando direito”
Isso até pode ser verdade, mas não é legal julgar e apontar mais problemas a uma mãe que já está aflita o suficiente! O que acontece é que, se a pega for feita de forma incorreta, ela pode fazer com que o bebê engula ar e tenha mais cólicas. A solução é aprender a encaixar a boquinha do pequeno no bico do seio – até porque o leite materno é excelente para prevenir as dores abdominais. Isso porque, em comparação com as fórmulas, ele é melhor absorvido pelo organismo do recém-nascido e contém elementos que contribuem para o amadurecimento rápido do intestino.
4. “É a sua alimentação que está causando tudo isso”
Esta é outra questão controversa e que ainda não está totalmente esclarecida pela ciência, pois estudos indicam que a cólica é um processo natural do desenvolvimento gastrointestinal do pequeno e, portanto, a alimentação da mãe não teria uma interferência direta na dor que o bebê sente. Até agora, a única associação comprovada nesse sentido é que o consumo de produtos lácteos por mulheres com alergia à proteína do leite de vaca (ou com intolerância à lactose) durante a amamentação pode, sim, provocar cólicas no recém-nascido. Fora isso, suspeita-se que chocolate, refrigerantes, café, soja, trigo e nozes também podem desencadear as dores abdominais nos pequenos.
5. “Eu conheço uma fórmula mágica!”
Esquentar a fralda com uma folha de couve e azeite, oferecer ao bebê óleo de amêndoa doce, não torcer a roupinha do pequeno… É superstição que não acaba mais! Mas não se deixe enganar: nada disso tem comprovação científica. Na hora das crises, o que resolve é fazer massagens circulares na barriguinha ou flexionar e estender as perninhas do pequeno, como se ele estivesse andando de bicicleta. Aquecer a região da dor com uma bolsa térmica ou mesmo com o contato pele a pele – colocando o filhote no seu colo ou no do papai – também ajuda a relaxá-lo e acalmá-lo. E não se esqueça: medicamentos só com o aval de um médico!
6. “Você não sabe o que ele tem?”
Está aí outra indelicadeza sem tamanho! Falar uma coisa dessas não vai ajudar em nada uma mãe que só quer ver o seu filho tranquilo e sem dor. Por isso, se você já é craque nos dilemas da maternidade e sabe identificar o tipo de choro do bebê, procure dizer a essa mãe se o seu pequeno está com fome, frio ou cólica. Tem jeito melhor de ser útil?
7. “Deixa eu pegá-lo no colo”
Por melhores que sejam as suas intenções, saiba que isso não vai trazer alívio para a mãe que quer resolver o problema do seu filho. Por que, então, ao invés de se oferecer para carregar o bebê alheio, você não mostra para a mamãe como acalmá-lo no colo? Bem melhor!
8. “Engraçado, o meu filho não teve cólicas…”
É mesmo? Sorte sua! Mas isso não vai acalmar as cólicas do bebê da sua amiga, sabia?
9. “Nossa, como essa criança é chorona!”
Ela está com dor, ok? O que acha de tentar ajudar a acalmá-la no lugar de ficar reclamando?
10. “Você não sabe cuidar do seu filho”
NUNCA se deve dizer isso a uma mãe. O bom senso mandou lembranças