‘Renascimento do Parto 2’: documentário che...

Mesmo em 2018, a violência obstétrica é uma realidade muito presente no Brasil. Embora se fale cada vez mais no assunto, ainda há um grande caminho a ser percorrido para que o corpo e as escolhas de cada mulher sejam respeitados no momento do parto. É tendo esse tema como fio condutor que o documentário “O Renascimento do Parto 2” chega aos cinemas em maio deste ano.

A produção dirigida por Eduardo Chauvet é a segunda de uma trilogia que começou a ser lançada em 2013. O primeiro filme teve como mote os impressionantes dados sobre as cesarianas no Brasil, país campeão mundial dessas cirurgias no setor privado. São mais de 55% das grávidas brasileiras que passam pelo procedimento – número que, na rede privada, salta para 90%. Vale lembrar que a Organização Mundial de Saúde (OMS) não recomenda que a porcentagem ultrapasse os 15% do total de nascimentos.

Parto e pós-parto
“Sofri violência obstétrica e convivo com as sequelas do parto”

Com base nesses dados, Chauvet produziu o primeiro longa de forma independente e arrecadou mais de R$ 140 mil para garantir a exibição em circuito nacional, batendo o recorde brasileiro de crowdfunding – isto é, financiamento coletivo. O filme terminou 2013 como o segundo documentário mais assistido nos cinemas do Brasil, passando por 50 cidades em 22 semanas, além de ter sido selecionado para festivais nacionais e internacionais.

Neste ano, “O Renascimento do Parto 2” será lançado nos cinemas e também nas plataformas de vídeo sob demanda pela Vitrine Filmes. Nesta sequência, a violência obstétrica é o tema central, contando com depoimentos de mulheres que se sentiram desrespeitadas e humilhadas no parto – um momento que deveria ser especial e inesquecível. O longa ainda traz a visão de diversos especialistas e relata experiências bem-sucedidas de parto normal, apontando para a urgente necessidade de mudar essa realidade.

Continua após a publicidade