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Orgasmo no trabalho de parto: o que a ciência explica sobre isso

Entenda mais sobre o funcionamento do parto

Por Redação Pais e Filhos
31 out 2025, 07h00
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 (wavebreakmedia_micro/Freepik/Reprodução)
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O nascimento de um bebê costuma ser descrito como um momento intenso, repleto de dor, esforço e emoção. Porém, existe uma visão alternativa que vem ganhando espaço: a possibilidade de o parto estar associado a sensações de prazer e até ao orgasmo. Esse conceito desafia crenças tradicionais e abre caminho para refletir sobre a profunda conexão entre a sexualidade feminina e o ato de dar à luz.

O que é o parto orgástico?

O parto orgástico não significa que todas as mulheres devam ou irão experimentar prazer durante o nascimento. Trata-se de compreender que o corpo possui mecanismos naturais que podem transformar esse processo em algo menos doloroso e até prazeroso. Essa abordagem convida a enxergar o nascimento como uma extensão da sexualidade feminina, onde hormônios, estímulos físicos e fatores emocionais se entrelaçam. Ao invés de enxergar o parto apenas como sofrimento, essa visão amplia a possibilidade de vê-lo como uma vivência de prazer, conexão e empoderamento.

A conexão entre sexualidade e nascimento

Durante o trabalho de parto, o bebê percorre o colo do útero e o canal vaginal, regiões também associadas ao prazer sexual. As mesmas estruturas anatômicas que participam da intimidade podem ser ativadas no momento do nascimento. Esse caminho natural explica por que algumas mulheres relatam experiências de êxtase, calor, bem-estar e até orgasmo durante a dilatação ou no momento do parto. A ideia central é que corpo e mente podem trabalhar juntos para transformar a dor em uma sensação de força e prazer.

Hormônios do parto: o papel da ocitocina

O segredo dessa experiência está, em grande parte, nos hormônios. A ocitocina, conhecida como o “hormônio do amor”, é liberada em altas concentrações durante o trabalho de parto. Ela é responsável pelas contrações uterinas e também está ligada ao prazer sexual e ao orgasmo. Além da ocitocina, endorfinas ajudam a reduzir a percepção da dor e proporcionam bem-estar. Quando esses hormônios atuam em harmonia, podem favorecer uma vivência mais prazerosa e menos medicalizada do parto.

Benefícios de um parto mais natural e conectado

Permitir que o corpo atue de forma espontânea pode trazer vantagens para mãe e bebê. A produção equilibrada dos hormônios naturais tende a facilitar a dilatação, melhorar o fluxo sanguíneo para a placenta e reduzir a necessidade de intervenções médicas. Além disso, muitas mulheres relatam que um parto com menos interferências externas proporciona uma sensação de poder pessoal, confiança e intimidade. Em vez de enxergar apenas a dor, essa abordagem valoriza o potencial do corpo em transformar o nascimento em um momento de prazer e conexão.

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Estratégias para estimular o prazer no parto

Algumas práticas podem ajudar a tornar o trabalho de parto mais prazeroso e menos desconfortável. Criar um ambiente acolhedor é fundamental: luz suave, música tranquila, aromas agradáveis e a presença de pessoas de confiança ajudam a liberar hormônios positivos. O toque também desempenha papel importante. Massagens relaxantes, carícias e contato físico constante estimulam o corpo a produzir ocitocina e endorfina. A respiração consciente, a movimentação livre e até mesmo o uso de técnicas de relaxamento corporal podem intensificar as sensações de prazer e reduzir a percepção da dor.

Repensando o parto: corpo, mente e prazer

A ideia de que o nascimento pode ser prazeroso ainda causa estranhamento, mas abre espaço para uma reflexão importante: o parto não precisa ser visto apenas como um momento de dor. Ao explorar as conexões entre sexualidade, hormônios e experiências sensoriais, é possível transformar o nascimento em um ato de força, amor e até êxtase. Mesmo que o orgasmo durante o parto não seja vivenciado por todas, compreender o poder do corpo e da mente nesse processo é um passo essencial para ressignificar a forma como a sociedade encara a experiência de dar à luz.

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