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Carol Castro sobre parto de Nina: “Dei à luz como vim ao mundo”

"Foram algumas horas de um encontro muito forte com os meus limites e os meus instintos. Virei bicho", afirmou a atriz.

Por Luísa Massa
Atualizado em 30 jul 2018, 15h15 - Publicado em 13 nov 2017, 13h27

No dia 12 de agosto de 2017, Carol Castro deu à luz Nina, sua primeira filha com o violinista Felipe Prazeres. Na época, a mamãe fez um post nas redes sociais para anunciar a novidade e contar que a pequena chegou ao mundo por meio de um parto normal. “Foi lindo, verdadeiro, mágico e transformador. Do jeito que sonhei. Na hora que ela quis”, comentou.

Já nesta segunda-feira, 13, a atriz revelou nas redes sociais outros detalhes do nascimento da primogênita. Emocionada, ela falou sobre os sentimentos que vivenciou: “Naquelas contrações infindáveis acontece o grande encontro com a tal da dor – a tão temida. Mas que nada mais é do que um pouco de nós se esvaindo, abrindo espaço para uma nova realidade que irá nascer junto com aquele bebê que dança dentro de você para chegar ao mundo“.

A artista também afirmou que o apoio da doula foi essencial, assim como do pai de Nina, e que se sentiu conectada com a filha o tempo todo. “Foram algumas horas de um encontro muito forte com meus limites e meus instintos. Virei bicho. Dei à luz como vim ao mundo… Sem pudores, sem amarras. Andava em círculos, de olhos fechados, entrava e saía da água, buscava minha posição. Tinha minha liberdade de escolha”, escreveu.

No final do depoimento, a mamãe relatou o momento em que finalmente recebeu a filha nos braços: “Nosso primeiro contato fora da barriga foi mágico. Não conseguia tirar os olhos de cada pedacinho daquele ser que tinha acabado de sair de dentro de mim! E pude, então, conversar com ela, dessa vez olhando-a nos olhos. E foi assim que chegamos juntas ao mundo. A 1ª vez dela. E a 2ª vez minha“.

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2 meses de muita fofura e sem filtro! Como pode só 2 meses? Com tanto amor que sentimos… Tanta lição que aprendemos… Tanta descoberta. Tanta evolução… Eu, aprendendo a ser mãe e você aprendendo tudo! Esse sorriso que me derrete por inteira. Que me faz acreditar num mundo melhor. Num futuro mais iluminado e sutil. Essa esperança que floresce aqui dentro, almejando o melhor, sempre! É quando a visão se torna raio x. A audição aguça e capta o mínimo ruído. O olfato abre caminho para o faro das lobas. E o paladar, só faz sentido se for para te satisfazer em forma de leite, sendo sinônimo de saúde e prazer. Sentir a sua pele – extensão da minha – é carinho divino no meu tato. No meu ser… Lá se vão, os dois primeiros meses mais desafiadores que pode existir. Mais desafiador do que parir sem anestesia. E por falar em tato, o parto ainda será um assunto a ser tocado. Pois de tão forte, merece um post especial, só pra ele. Hoje, é dia dela. Pelos 2 meses e pelo dia das crianças. Só desejo muita saúde e proteção. Porque amor tem de sobra…e o resto…é só detalhe. Te amo, minha meNINA. Com todas as minhas forças!!! Que venham muitos e muitos e muitos meses pela frente de toda uma existência. Estarei sempre ao seu lado. Segurando sua mão. Depois ajudando-a a dar seus primeiros passos e depois acompanhado seu caminho a ser por ti, trilhado… Com todo amor do universo, da sua mãe, Carolina. #2mesesNina #saudesemprenina #felizdiadascrianças #amorquenaocabe #cartapraNina #meusrabiscosCC

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Leia o texto na íntegra:

Esperei a extero-gestação se concluir. O primeiro ciclo a se fechar. Para, então, poder me permitir relembrar o parto. Tão intenso. Na minha concepção, leiga e visceral. Na minha experiência, o parto veio de partir, ir embora. Porque aquele velho EU, aquele ‘EU-ainda-filha’ parte. Se vai abrindo caminho para o ‘EU-Agora-Mãe’. Pode também ser ‘parto’ de partir ao meio. Ou por que não mesmo em pedaços? Porque para se deixar ir é preciso se partir em muitos estilhaços de quem já fomos um dia. E é isso que acontece. Deixamos de ser quem éramos para dar vida ao novo que chega e, assim, renascermos junto. Naquelas contrações infindáveis acontece o grande encontro com a tal da dor – a tão temida. Mas que nada mais é do que um pouco de nós se esvaindo, abrindo espaço para uma nova realidade que irá nascer junto com aquele bebê que dança dentro de você para chegar ao mundo. Sim. É claro que dói deixar de ser. Para renascer é preciso partir, repartir, deixar doer. Para então superar. Sair mais forte dessa experiência arrebatadora que é trazer uma vida para esse imenso universo. E é ali, naquelas horas de ‘partir’, que nos encontramos dentro da ‘caverna’. Naquele lugar primitivo só seu onde tantas mulheres antes de nós já estiveram um dia. Onde a natureza foi divinamente feita para tal ato milagroso: o de dar à luz. Depois de tantos meses de preparo, de construção, chega o grande dia de trazer ao mundo aquele ser que cresceu junto com você. A cada dia, a cada mês. Dentro e fora. É chegada a hora – o ‘boa hora’ que tanto escutamos!
O instinto fala mais alto. E, como numa dança, ele e a criança bailam por entre os ritmos perfeitos do trabalho de parto. A cada contração e a HORA, a grande e aguardada hora, está mais próxima. É nisso que precisamos focar para chegar lá. Não é na dor que, sim, é tamanha – ainda mais sem nenhum tipo de anestesia. Mas assim é melhor para ela e para mim. Que seja! E a cada contração, você se sente mais próxima. É uma a menos para ter seu bem maior nos braços. É como ouvi uma voz angelical* dizer em meu ouvido: “a dor é sua, é do seu tamanho. Você aguenta. Você foi feita pra isso”.
*minha Doula -maravilhosa – Diana.
Eu falava com a Nina o tempo todo! Estávamos conectadas. Juntas naquela missão de chegada. A dela e a minha como mãe. Foram algumas horas de um encontro muito forte com os meus limites e os meus instintos. Virei bicho. Dei à luz como vim ao mundo… Sem pudores, sem amarras. Andava em círculos, de olhos fechados, entrava e saía da água, buscava minha posição. Tinha minha liberdade de escolha. E me conectava com a escolha dela.
Lembro que ouvi alguém perguntando sobre a bolsa. E eu, num momento de lucidez dentro do transe, lembrei: ‘meu Deus, a bolsa!’. Ainda não tinha estourado e eu estava há algum tempo em trabalho de parto.
Não tive dúvida e gritei bem alto: ‘Vem Nina! Estoura essa bolsa e vem!’. Milagrosamente (ou coincidentemente pra quem não acredita), dois segundos depois a bolsa estourou. Tive certeza (mais ainda) de que estávamos muito unidas naquela dança da vida. Nunca esquecerei do grito gutural que dei no momento em que ela chegou. Foi um ‘vem filha’ , ‘vem que estou te esperando’, ‘vem que quero te sentir nos braços’. E assim foi. De mãos dadas com Felipe, a chegada dela. O encontro da minha pele com a pele dela. Nosso primeiro contato fora da barriga foi mágico. Não conseguia tirar os olhos de cada pedacinho daquele ser que tinha acabado de sair de dentro de mim! E pude, então, conversar com ela, dessa vez olhando-a nos olhos. E foi assim que chegamos juntas ao mundo. A 1ª vez dela. E a 2ª vez minha. Nascer de novo é uma experiência difícil de descrever. Só sei que a tenho gravada em cada célula do meu corpo. Entre o cansaço e o alívio, a sensação de ter transbordado um amor em forma de Nina. ❤ ( Depois falarei sobre o pós parto… Esse ciclo também precisa de uma atenção muito especial. É muito desafiador e delicado. Poucos falam sobre) #saudesemprenina #partohumanizado #meusrabiscos

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Esperei a extero-gestação se concluir. O 1º ciclo se fechar. Para então, poder me permitir relembrar o parto. Tão intenso. Na minha concepção, leiga e visceral… Na minha experiência… O Parto. Veio de partir. Ir embora. Porque Aquele velho EU. Aquele "EU-ainda-filha" parte. Se vai…abrindo caminho para o "EU-Agora-Mãe". Pode também ser "parto" de partir ao meio. Ou Por que não mesmo em pedaços? Porque ,para se deixar ir…é preciso se partir em muitos estilhaços de quem já fomos um dia. E é isso que acontece. Deixamos de ser quem éramos, para dar vida ao novo que chega, e assim, renascemos junto. Naquelas contrações infindáveis… acontece o grande encontro com a tal da dor. A tão temida…mas que nada mais é, do que um pouco de nós se esvaindo…abrindo espaço para uma nova realidade que irá nascer junto com aquele bebê que dança dentro de você para chegar ao mundo. Sim. É claro que dói deixar de ser… Pra renascer é preciso partir,repartir…deixar doer. Pra então superar. Sair mais forte dessa experiência arrebatadora que é trazer uma vida pra esse imenso universo… E é ali, naquelas horas de "partir" que nos encontramos dentro da "caverna". Naquele lugar primitivo só seu…Onde tantas mulheres antes de nós, já estiveram um dia. Onde a natureza foi divinamente feita para tal ato milagroso: o de dar à luz. Depois de tantos meses de preparo. De construção…chega o grande dia de trazer ao mundo, aquele ser que cresceu junto com você. A cada dia, a cada mês…dentro e fora. É chegada a hora."O Boa hora" que tanto escutamos! O instinto fala mais alto… e como numa dança, ele e a criança, bailam por entre os ritmos perfeitos do trabalho de parto. A cada contração e a HORA, a grande e aguardada hora, está mais próxima. É nisso que precisamos focar, para chegar lá…Não é na dor, que,sim, é tamanha. Ainda mais sem nenhum tipo de anestesia…mas assim, é melhor pra ela e pra mim. Que seja! E a cada contração, você se sente mais próxima…é uma a menos para ter seu bem maior nos braços.É como ouvi uma voz angelical* dizer em meu ouvido: "a dor é sua, é do seu tamanho. Você aguenta. Você foi feita pra isso". *minha Doula-maravilhosa – Diana (Continua)

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…( continuando do post anterior ) Eu falava com Nina o tempo todo! Estávamos conectadas. Juntas, naquela missão de chegada. A dela e a minha, como mãe. Foram algumas horas de um encontro muito forte com meus limites e meus instintos. Virei bicho. Dei à luz como vim ao mundo…sem pudores, sem amarras. Andava em círculos, de olhos fechados, entrava e saía da água, buscava minha posição. Tinha minha liberdade de escolha. E me conectava com a escolha dela. Lembro que ouvi alguém perguntando sobre a bolsa… E eu, num momento de lucidez dentro do transe, lembrei: meu Deus, a bolsa! Ainda não tinha estourado e eu estava há algum tempo em trabalho de parto. Não tive dúvida: gritei bem alto "Vem Nina! Estoura essa bolsa e vem!" Milagrosamente ( ou coincidentemente pra quem não acredita…), 2 segundos depois, a bolsa estourou. Tive certeza mais Ainda de que estávamos muito unidas naquela dança da vida. Nunca esquecerei do grito gutural que dei no momento em que ela chegou. Foi um "Vem filha" , "vem que estou te esperando", "vem que quero te sentir nos braços"…e assim foi. De mãos dadas com Felipe, a chegada dela. O encontro da minha pele com a pele dela. Nosso primeiro contato fora da barriga…Foi mágico. Não conseguia tirar os olhos de cada pedacinho daquele ser que tinha acabado de sair de dentro de mim! E pude então, conversar com ela, dessa vez olhando-a nos olhos. E Foi assim, que chegamos juntas ao mundo. A 1ª vez dela. E a 2ª vez minha. Nascer de novo é uma experiência difícil de descrever. Só sei que a tenho gravada em cada célula do meu corpo. Entre o cansaço e o alívio, a sensação de ter transbordado um amor em forma de Nina. ❤ ( Depois falarei sobre o pós parto…esse ciclo também precisa de uma atenção muito especial. É muito desafiador e delicado. Poucos falam sobre…) #saudesemprenina #partohumanizado #meusrabiscosCC

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