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Bebê nasce pesando mais de sete quilos no Vietnã

E o irmão mais velho já tinha nascido com 4,2 kg. Conheça a história e entenda por que alguns recém-nascidos chegam ao mundo maiores do que o normal.

Por Chloé Pinheiro
Atualizado em 20 out 2017, 21h14 - Publicado em 20 out 2017, 15h23

O Vietnã, no sudoeste asiático, registrou na última semana o nascimento de um bebê de 7,1 kg, um dos maiores da história do país! Tran Tien Quoc veio ao mundo via cesariana, com o peso equivalente ao de um bebê de seis meses de vida, e impressionou os médicos, que esperavam que ele nascesse com cerca de cinco quilos.

O pais desse “pequeno gigante” também ficaram surpresos, mas filhos grandes não são exatamente uma novidade para eles. É que o primogênito do casal, que nasceu em 2013, pesava 4,2 kg – já acima dos padrões. “Bebês com mais de quatro quilos são considerados grandes, mas dos 4,5 kg em diante eles são macrossômicos”, explica Cristiane Kopacek, endocrinologista pediátrica do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre.

A maternidade vietnamita não deu muitos detalhes sobre o estado de saúde da mãe e do bebê, mas disse que estão felizes e saudáveis em comunicado enviado para a imprensa internacional.

(The Star Online/Reprodução)

A ciência por trás do peso

Quando os ponteiros da balança da maternidade ficam acima do esperado, ocorre a macrossomia. Caracterizada pelo tamanho maior, ela não tem necessariamente impacto sobre a saúde, mas deve ser acompanhada de perto.

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E os motivos que fizeram o bebê crescer demais predizem a importância que o tamanho terá na vida dele. Por exemplo, no caso de Tran Tien Quoc, sua mãe pesava 102 kg. “Mesmo que não haja diabetes gestacional, a condição mais relacionada à macrossomia, a obesidade e o ganho de peso excessivo na gestação também podem favorecer o quadro”, explica Cristiane.

Se for esse o motivo, os estudos mostram que há um perigo maior da criança ganhar peso na infância e até o risco da obesidade aparecer no futuro. Existem, ainda, algumas síndromes relacionadas à macrossomia, mas nem sempre ela é motivo de preocupação. “Pais grandes estão predispostos a terem filhos grandes, há um fator genético que não necessariamente trará complicações, mesmo assim o bebê terá que ser acompanhado pelo pediatra”, completa a endocrinologista.

E, independente das razões por trás do tamanho, esses recém-nascidos estão mais sujeitos a algumas complicações. “Há um risco de traumas maiores durante o parto e eles podem ter hipoglicemia, baixo nível de açúcar no sangue, nos dois primeiros dias de vida”, diz Mônica Carceles, neonatologista da Maternidade Pro Matre Paulista, em São Paulo.

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