Depois que o bebê nasce, a mãe passa por uma avalanche de emoções. Some-se a isso o excesso de demandas por causa dos cuidados com o recém-nascido, como amamentar, trocar fraldas e fazê-lo dormir. O resultado pode ser um nível de estresse altíssimo, que pode se traduzir em uma irritabilidade extrema, tristeza e até mesmo depressão. Para ajudá-la a evitar esse estado de alta tensão, reunimos dicas preciosas de especialistas para você passar pelo período com um pouco mais de equilíbrio.
1. Avalie seu estado geral de saúde
Faça isso, se possível, antes de conceber o filho. Adolescentes, mulheres acima de 35 anos, mães com aborto de repetição e portadoras de doenças crônicas costumam apresentar gravidez de risco, que contribui para o estresse. A informação reduz a ansiedade, mas é preciso autoconhecimento para saber se você está pronta para lidar com a situação, inclusive ter de ficar em casa sem trabalhar.
2. Tenha um estilo de vida saudável
Alimentação balanceada e rica em fibras, muita água, atividade física moderada e regular, estabilidade emocional e distância de cigarro e drogas são desejáveis para uma grávida. Hábitos saudáveis contribuem para uma maternidade sem traumas.
3. Estreite os laços afetivos
O suporte da família e dos amigos é decisivo para a paz de espírito de uma mãe, sobretudo numa gravidez não programada ou indesejada. Nessa hora, o parceiro tem um papel fundamental. Se ele apoiar a parceira e participar da gestação, os riscos de estresse caem bastante. Caso contrário, a mulher tem de ficar mais atenta para não se desestabilizar, quem sabe até buscar ajuda profissional.
4. Confie nos seus instintos
O primeiro filho é o teste de fogo. Saiba que você vai errar mais do que acertar no começo. Mas tudo sempre termina bem. Procure suportar essa situação e confie nos seus instintos. No caso de grávidas com outros filhos, o problema pode estar no ciúme. Procure aproximar os irmãos já desde a gestação.
5. Mantenha a planilha de gastos em dia
A condição financeira é um motivo recorrente para o estresse. Deixe as contas para antes do nascimento. Se possível bem antes, para não correr o risco de faltar dinheiro numa hora ingrata.
6. Cultive o vínculo materno
Converse com o bebê, conte histórias, afague sua barriga, massageie as extremidades, abrace-o. Ações como essas ajudam a aumentar a afinidade com o filho e dão sentido à nova situação. Isso fatalmente neutraliza os efeitos do estresse.
7. Busque suporte para o momento do parto
O nascimento costuma ser o momento mais esperado pelas mães. E o mais temido também. Por isso, vale a pena pedir ao marido ou a alguém de confiança que esteja presente nessa hora. Os especialistas garantem que a recuperação do parto normal é menos traumática. Mas é importante tomar uma decisão consciente. A mãe é quem sabe como quer ter o bebê.
8. Preze pela sua estabilidade emocional
A gravidez mexe com as mulheres. Mas é preciso avaliar até que ponto você está preparada para segurar a onda. O desequilíbrio é a porta de entrada para o estresse. E as consequências são perversas e viciosas: distúrbios do sono, alternância entre carinho e agressividade, irritação, raiva, culpa e, enfim, depressão.
9. Encare com bom humor as mudanças no corpo
Saiba que seu corpo muda com a gestação. Depois do parto, então, a situação se agrava. E as mudanças podem levar à aversão à criança. Fique atenta. Até porque, com o tempo, tudo volta ao normal.
10. Tenha em mente que você vai dormir pouco
Deixar de dormir é talvez o maior drama na vida de uma mãe. Mas é também inevitável. Afinal, no começo, a criança vai mamar em intervalos de três a quatro horas. O importante aqui é entrar no ritmo e descansar. A falta de sono favorece o estresse. Um cuidado importante: esvazie os dois peitos a cada mamada, isso vai saciar o bebê por mais tempo.
11. Aprenda a amamentar antes de o bebê nascer
Parece fácil, mas não é. Amamentar exige instrução. Se o bebê tiver dificuldade de pegar o peito no começo, insista com paciência e tranquilidade. Se você estiver muito insegura, converse com as amigas que já tiveram filhos ou procure serviços de apoio à amamentação nos grandes centros de saúde.
12. Informe-se sobre os sintomas da depressão pós-parto
Ela está vinculada ao puerpério, período que decorre desde o nascimento da criança até que o corpo e o estado geral da mulher voltem às condições anteriores à gestação. A mãe se aliena da realidade, torna-se agressiva, sente-se intimidada pela dependência integral da criança, perde a comunicação afetiva com o bebê, dorme mal, apresenta falta de apetite e pode ter taquicardia, hipertensão e problemas intestinais. Saiba reconhecer.
13. Evite idealizar demais a hora do nascimento
Durante os nove meses da gestação, a mãe fica imaginando o rosto do seu pequeno. É um exercício bastante prazeroso. Pelo menos até o parto. Mas, quando a mãe pega a criança pela primeira vez no colo, pode se incomodar com o rosto enrugado do recém-nascido. Para algumas, isso chega a ser um choque. Cuidado para que isso não a desestabilize.
14. Mantenha uma boa relação com o parceiro
Sua relação com o pai do bebê é decisiva para o bem-estar da família. Ambos podem estar carentes, cada um a seu modo. Tente reverter isso em afagos, gentilezas, gestos de carinho e não em brigas, insultos e praguejadas. Compreensão, tolerância e cumplicidade são as palavras de ordem para o casal.
15. Invista em uma alimentação rica em vitamina B
O estresse natural do período pós-parto pode ser combatido com as chamadas vitaminas do complexo B. Elas restauram a memória, neutralizam a ansiedade e favorecem o sono. Você pode encontrar essas vitaminas em alimentos como as nozes, a ervilha e o feijão.
16. Reserve um tempo para si
Sua vida não pode girar exclusivamente em torno do bebê, mesmo nas primeiras semanas. É preciso aliviar o estresse. Tenha com quem conversar sobre outros assuntos, busque atividades relaxantes, tome um banho com calma e cuide de sua higiene pessoal. Evite, por exemplo, passar o dia de pijama e, entre uma mamada e outra, mesmo se o tempo for curto para uma soneca, coloque um CD de música que lhe traga tranquilidade.