Todo mundo fala sobre as maravilhas de se tornar mãe. Do amor incondicional, da emoção do parto, do momento de cumplicidade na amamentação… O que quase ninguém comenta, porém, é que depois que o bebê nasce a mulher não fica em estado de graça, não. O corpo fica inchado, começa um sangramento intenso e amamentar pode não ser tão simples quanto parece. Embora, ainda assim, a gente ame passar por isso só para ter nosso pequeno nos braços, nunca é demais se informar sobre o assunto.
1. Sangramento
Sabe quando o dia do nascimento se aproxima e você começa a estocar coisas em casa para não precisar sair depois que o bebê nascer? Então, capriche nos absorventes! Depois do parto, é normal ter um sangramento intenso durante algumas semanas e, em geral, o fluxo costuma ser ainda maior para quem tem parto normal. Isso acontece porque o corpo está eliminando o material que revestia o útero durante a gravidez e o sangramento dura por volta de 40 dias, mas são nos primeiros 10 que você vai precisar dos absorventes mais poderosos.
2. Baby Blues
Você sempre ouviu dizer sobre o amor imenso e incondicional de quando se torna mãe, mas vivia se pegando triste ou meio deprimida? Não precisa se sentir culpada ou envergonhada por isso! “O pós-parto é uma verdadeira explosão hormonal e essa alteração por si só já pode levar ao Baby Blues. Associado a isso, ainda têm todos aqueles sentimentos normais quando o bebê nasce, como medo e ansiedade”, explica a Dra. Natalia Tannous, ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz.
3. O bebê sai, a barriga fica
Nem adianta criar expectativas, pois você não vai sair da maternidade com a barriga igual à anterior à gravidez. “O tempo de recuperação varia de acordo com a musculatura que a mulher tinha antes da gestação, mas em qualquer caso, o útero não volta imediatamente ao tamanho normal. Ele leva mais ou menos um mês para recuperar as dimensões de antes”, destaca a especialista. Algo que pode auxiliar nesse processo é o uso da cinta, que funciona como um mecanismo que ajuda a colocar a musculatura no lugar.
4. Não é tão natural quanto dizem
Há quem diga que amamentar é um ato instintivo. Pode até ser, mas a verdade é que, em muitos casos, dói, machuca e é difícil. O ideal é pedir ajuda e aprender novas posições, além da pega correta, claro. Mesmo assim, há mulheres que não conseguem amamentar tanto quanto gostariam – seja porque não têm leite suficiente ou porque ele empedra, por exemplo. O importante é não se comparar às suas amigas e saber que é normal ter dificuldades no começo.
5. Visitas nem sempre são tão bem-vindas
A gente ama a família e adora saber como nosso filho já é querido por tanta gente. Mas depois do esforço e da ansiedade, receber o pessoal do escritório no hospital não é aquela maravilha toda. Em casa, normalmente, o cansaço é ainda maior e só de pensar em levantar para abrir a porta já dá uma preguiça… A campainha toca e a vontade é de se esconder em baixo dos lençóis.
6. A quarentena
O seu médico vai recomendar cerca de 40 dias de resguardo. Isso é importante para manter a recuperação do organismo e evitar infecções, já que o colo leva esse tempo para fechar. Mas o que acontece com muita gente – e poucas contam – é que o desejo sexual não aparece, necessariamente, quando a quarentena termina. Porque o cansaço é muito, você fica com medo de sentir dor ou até mesmo porque simplesmente não quer. “Acho que até mais importante do que a recomendação médica é respeitar o tempo da mulher. Ela precisa ter vontade de ter relação e saber se está com alguma dor ou não”, aponta a obstetra.
7. Cansaço
Ok, sobre isso todo mundo fala e você não pode dizer que não foi avisada. Mas embora a gente escute a vida inteira as mães contando sobre a exaustão de cuidar de um recém-nascido, só descobre mesmo como isso funciona na prática. E é quando você passa o dia inteiro de pijama esperando alguém chegar para poder tomar um banho de dois minutos que entende exatamente o que elas queriam dizer.
8. Gases e inchaço
Não é só a barriga que sai maior do que você gostaria do hospital. O corpo todo fica meio inchado, principalmente os pés. “Na gravidez, o tamanho da barriga já dificulta a circulação e faz as extremidades ficarem inchadas. No pós-parto isso continua, principalmente para quem fez cesárea, pois o tempo em repouso na cama também contribui para isso”, esclarece a Dra. Natália, que acrescenta: “como na cesariana abrimos o ventre da mulher, a entrada de ar ajuda a formar gases, que pioram com o repouso”.
9. Elas continuam
Você sabia que o útero continua tendo contrações mesmo depois do parto? Pois é. E dá até para sentir! Isso porque ele está voltando ao tamanho normal e esse processo é estimulado pela amamentação. Conforme o bebê suga, estimula a produção de ocitocina que torna essa diminuição do útero ainda mais rápida.
10. Palpites
De repente, todo mundo vai entender tudo sobre recém-nascidos e te dar mil conselhos sobre como dar banho, como colocar o bebê para arrotar e até no tipo de roupa que você coloca nele. Sim. Inclusive gente que não tem a mínima ideia do que fazer com uma criança. Apenas sorria!